É ano de eleição presidencial e o que não faltam são promessas vazias e soluções abstratas.
Em decorrência de períodos difíceis em que vivemos tais como uma guerra entre dois países que são importantíssimos para a economia mundial e um ano e meio de uma pandemia que afetou substancialmente toda a escala de produção do planeta. O que não poderia faltar, mais do que nunca são políticos e suas visões distorcidas e perturbadas de mundo.
- O maior problema deste artigo é diferenciar uma promessa vazia de uma solução abstrata. Ambas são parecidas e possuem as mesmas consequências: não há resultados práticos.
Vejamos:
Em um primeiro momento é bom ter em mente que vários produtos da cesta básica têm seus impostos zerados e até os produtos importados referentes também estão com os impostos zerados. Logo qual será a medida adotada para que uma baixa de preços seja eficaz?
A promessa é vazia, pois que tem por base algo que não é um simples corte de preços, assim como a solução é abstrata, pois que não há métodos simples para serem adotados e que darão resultados satisfatórios.
Como já houve a redução da carga tributária o que se poderia fazer para conseguir baixar ainda mais o preço, é melhorar a cadeia produtiva, reduzir impostos de produtos e insumos utilizados na produção de alimentos, melhorar a logística interna e abrir mais o Brasil para o mercado internacional.
O perigo encontra-se exatamente nas “soluções rápidas” que podem ser utilizadas. Já que nenhuma das medidas elencadas acima terão efeitos no curto prazo, exceto a redução de impostos, que é algo assombroso aos políticos populistas, logo é uma medida descartada pela esquerda.
Trabalharemos então com as outras possibilidades “rápidas”.
Como boa parte dos políticos, principalmente os de esquerda, não estão preocupados em manter uma política econômica estável, o caminho adotado, será o mais fácil possível.
Subsídios
É um método largamente utilizado. No Brasil já tivemos subsídio no combustível, na energia, na indústria, tudo isso para tentar evitar uma alta de preços.
O problema dos subsídios é que nada mais são do que uma forma de jogar custos para o futuro. Possuem uma atuação rápida, mas com efeitos colaterais duradouros.
- A título de exemplo pode ser utilizado o ano de 2013 quando a Ex-Presidente Dilma /PT deu subsídios ao setor elétrico e que por volta de 2015 houve uma quebra neste setor havendo aumentos elevados nas contas.
A tentativa de baixar o preço dos alimentos via subsídios será, provavelmente, a forma utilizada. Pois que será a única com um “retorno” no curto prazo. Além dos subsídios, outras formas que devem ser utilizadas poderão ser, reduzir o acesso ao mercado externo, impor barreiras para as exportações, na falsa esperança de que isso seja o suficiente para controlar os preços.
Conduto, já que o objeto é apenas uma camuflagem temporária o subsídio serve perfeitamente para tanto, gerando uma dívida interna/externa e, assim, postergando o problema para o próximo governo.
Tabelamento de preços
Além dos subsídios, esta é outra “solução rápida” a qual visa segurar os preços de forma autoritária. Colocando um teto de preço máximo ao produto, buscando segurar uma alta decorrente da fictícia ganância dos empresários.
Acontece que ao se tabelar os preços o primeiro sintoma a ser sentido será uma redução significativa na produção, tendo em vista, que o preço de um produto reflete o custo de sua produção, sendo este variável de acordo com a sua localidade e capacidade produtiva.
- O artigo sobre controle de preços se encontra aqui: https://sabervirtuoso.com.br/porque-o-controle-de-precos-nao-funciona/
Infelizmente, as soluções duradouras não terão resultados práticos no curto prazo, pelo simples fato de que para melhorar um sistema de logística ou infraestrutura, é demandado uma quantidade razoável de tempo. Contudo, são as soluções que devem ser dotadas, para que problemas como estes não sejam recorrentes.
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