No ano 2000, a proporção de pessoas idosas chegou a 8% da população total, passou para 15% em 2023 e deve quase dobrar para 29% em 2050. Mais de um em cada quatro brasileiros será pessoa idosa e dependerá na maioria da previdência. Já ultrapassamos o período de bônus demográfico, nos últimos 20 anos, sem termos conseguido arrancar como nação. Permanecemos com crescimento pífio e com desenvolvimento marginal. A grande questão é como vamos lidar com isso.
A nossa previdência a muito anda mal das pernas, mesmo que a grande maioria receba apenas o salário mínimo. Isso sequer alcança para comer e comprar remédios num casal de idosos. Triste final de vida.
A nossa taxa de natalidade, desde 2017, está abaixo do nível de reposição, que é 2.1 filhos por mulher. Por isso a expressão bomba demográfica.
Para piorar um pouco tivemos a pandemia e agora rumamos como um trem contra a parede, com um déficit fiscal estratosférico, que vai causar muitos problemas a seguir.
Acho fundamental guardar uns trocados em baixo do colchão, todo mês, pois não teremos aposentadoria.
O atual governo já trabalha para reduzir o reajuste das aposentadorias abaixo da inflação.
Vejam que para dois casais de avós, que geraram um casal de filhos, estes em geral geram apenas um filho. Ficam 4 idosos para uma criança. Caminhamos para a extinção.
Como a moçada não quer fazer filhos, apenas criar Pets, vamos ter que fazer o cofrinho das pessoas idosas ou ter que dar um jeito de ter algum trabalho até uns 75 anos de idade.
O mais bizarro que vi nos últimos 30 dias, foram casais levando cachorrinhos em carrinho de bebê, em dois lugares, no aeroporto e no shopping. Tenho dois cães que adoro, mas levar no carrinho de bebê é um caso a psiquiatria.
Crianças abandonadas ninguém quer adotar, muito burocrático, custam caro e duram muito. Mas venhamos, tratar o pet como um bebê tem algo no mínimo estranho.
Mas na real, quem vai bancar o meu benefício do INSS?
Muito bom! Parabéns pelo artigo!