A moral é algo inato do ser humano. Separá-la da natureza humana é estar apto a aceitar a existência de um monstro movido apenas por instintos e vontades.
Sabe-se que princípios morais são objetivos. Contudo, existe um fato, a valoração, o qual tem a capacidade de alterar a conotação daquilo que deveria ser um consenso.
O mal existe e nos cerca. Um mal um pouco menor também existe. O neutro, também. Assim como, o bom e o melhor.
O mal, o menos mal, o neutro, o bom e o melhor, devem ser valorados como tal. Não é a existência de algo mal que proíba a existência de mal maior. Da mesma forma que a existência de algo bom não impossibilite algo melhor. E, portanto, é possível a existência de algo que esteja entre o bem e o mal, sendo o neutro.
Se as atitudes humanas consideradas más fossem más na mesma proporção, logo não dizer “bom dia” será tão grave quanto matar. Por conseguinte, dizer “bom dia” terá o mesmo valor de salvar a vida de alguém, ambas são boas atitudes independentemente do tamanho da bondade.
Esse relativismo moral acaba com a possibilidade de vivência em comunidade. As pessoas podem ter parâmetros diferentes de valoração, mas não inversos.
Como seria possível o entendimento humano sem pontos de coesão? Como seria possível distinguir entre aquilo que é mais ou menos aceito pelas pessoas?
Para resolver essas questões só existe uma fórmula: cada situação possui um valor a lhe ser atribuído, e dentre desta atribuição há parâmetros a serem sopesados com um possível resultado que não deve ser totalmente divergente do senso comum.
Uma forma simples de demonstrar: quantos estão lendo este texto que teriam a irresponsabilidade de brigar no trânsito?
Aqueles que optaram por uma resposta positiva, com certeza são a minoria e recebem a desaprovação da maioria.
Não há uma resposta exata para cada ato, e nem há de existir. Entretanto existem pontos em que é possível perceber o certo ou errado, o mais errado ou menos errado.
Isso é possível desde que não se coloque tudo dentro de um saco de lixo relativista. Definir uma situação de risco ou não para sua vida é importante. A valoração da moral ponderando os fatos poderá salvá-la.
Aristóteles já dizia que a virtude não está no meio, no ponto neutro, com base na média aristotélica.
- Em uma paráfrase a os ensinamentos contidos em Ética a Nicômaco: A coragem está muito mais para o audacioso do que para o covarde. Sendo preferível a audácia à covardia.
A necessidade de uma valoração fica ainda mais latente em momentos em que não há como fugir da escolha. Entre ter uma perda significava ou perder a vida, qual escolher? A neutralidade não lhe livrará das consequências, apenas fará com que elas aconteçam de forma involuntária.
O relativismo moral está cada dia mais presente na sociedade. Relativiza-se o direito das crianças com sexualidade precoce. Que ao invés de ensinar a se protegerem de pessoas más, ensinam-lhes a fazer sexo.
Relativizam os direitos das mulheres ao criarem banheiros onde homens e mulheres compartilham. Tudo isso baseado em uma suposta inclusão.
Relativizam a liberdade de expressão. Dizem que liberdade demais a o expressar-se não é algo bom e para tanto proíbem a fala.
Ora, todas estas relativizações só trazem dissenso entre a sociedade. A alteração forçosa de padrões morais relativizando-os está nos levando a autodestruição.
Precisamos de padrões morais bem definidos, ainda que seja possível análise de zonas cinzentas. Não podemos deixar a moral objetiva acabar.
Precisamos definir situações como são. Existem males maiores e males menores. Saber precisar cada um deles e evitar o mal maior é uma questão de sobrevivência.
Sempre existirá o menos pior, não há como fugir, não há como correr. A neutralidade não levará a nada senão a autodestruição. A verdade é uma só, não a relativize.
Bom dia 👏👏👏👏👏👏👏👏
Reflexão… Muito esclarecedora.
Recomendo , leia