Como foi o seu ano? Foi um ano de derrotas? Ou foi um ano de grandes realizações?
Foi um ano de lutas, frustrações e decepções? Ou um ano de sonhos realizados e projetos concretizados?
A verdade é que, para a verdadeira literatura e para a verdadeira filosofia, não importa pelo que você passou, e sim quais as lições que você foi capaz de tirar de cada momento. O que você aprendeu com cada situação vivida, cada lágrima derramada, cada sorriso compartilhado?
Tente responder para si mesmo(a) essa questão.
Segundo Sócrates, a Filosofia não tem um “fim” pré-determinado, um “objetivo” a ser alcançado. A Filosofia é, ao mesmo tempo, seu próprio caminho, e o caminho em si, seu próprio fim. Assim como em nossas próprias vidas, a jornada em si é o que importa.
Questionar, analisar, ponderar, refletir constantemente, deixar nossas emoções pessoais em segundo plano, sejam elas positivas ou negativas, de ódio, tristeza, ou até mesmo alegria. Percebermos que não somos o centro do universo.
É olhar para si mesmo de forma mais ampla do que apenas dentro de si ou às pessoas ao redor; é tentar olhar para todo o universo, em toda a sua complexidade. É buscar a verdadeira “harmonia”, que muitas vezes se esconde atrás de toda a insanidade com a qual somos obrigados a conviver todos os dias, seja no universo político – que também nos afeta diretamente – seja em nossas profissões, nossos empregos, e no mais íntimo de nossas vidas pessoais.
Lembremo-nos, neste Natal, de agradecer por tudo o que temos em nossas vidas. Em um mundo altamente competitivo, geralmente reclamamos mais do que agradecemos, não é verdade? Talvez esta seja a mais importante lição do Estoicismo: Gratidão. Respeito próprio.
Seu carro quebrou? Agradeça por ter um carro para poder consertar! Você foi despedido do emprego? Agradeça pelo tempo que permaneceu nele, e poderá anexar ao seu currículo, facilitando seu ingresso em outro emprego! Falhou em um concurso ou prova? Utilize a experiência para buscar melhores técnicas de estudo! Algum ente querido faleceu? Seja grato pelo tempo que passou ao lado dele(a), e reflita sobre como você pode ser melhor com aqueles que estão ao seu lado hoje.
E o mais importante: Busque o perdão! Tanto para si próprio, quanto para com aqueles que erraram com você, e use as experiências negativas para selecionar
melhor as pessoas que estão ao seu redor, bem como para tornar-se cada vez mais uma pessoa com a qual pessoas decentes e de bom coração possam confiar!
Lembre-se: O tempo é o nosso bem mais preciso. O velho rabugento Ebenézer Scrooge de “Um Conto de Natal”, icônico personagem do magnífico escritor inglês Charles Dickens, nos ensinou duas valiosas lições: 1. Segundas chances são raras nesta vida, mas existem! 2. Elas, assim como quase tudo o mais neste mundo, desaparecem com o tempo! Ainda há tempo! Até o último suspiro de nossas vidas, há tempo!
Faça tudo o que tiver vontade de fazer hoje! E, não apenas nos prazeres carnais, caso você tenha meios materiais para indulgenciá-los. Vá além! O mais simples é sempre o mais valioso!
Dê esmola para um mendigo sem filmar e sem questionar com o quê ele irá gastar o dinheiro. Alimente ou adote um cão ou gato de rua; visite seus parentes ou amigos mais idosos; peça perdão para alguém com quem você tem um problema ou mágoa há muito tempo. Ria. Chore. Grite. Cante. Confesse. Perdoe. Corra. Abrace. Olhe para as estrelas. Viva! Esqueça todas as armadilhas da falsa “superioridade”, da arrogância, dos desejos de vingança. Jogue fora toda essa bagagem inútil, e tenha o melhor presente que Deus (e não o pagão papai Noel) pode lhe dar neste natal, e em todos os outros dias de sua vida: Paz.
Nós, da família Saber Virtuoso desejamos a todos os nossos leitores, seguidores e amigos um Feliz Natal!