“A sentença de Hugo von Hofmannsthal – ‘Nada está na realidade política de um país se não estiver primeiro na sua literatura’ – é tão verdadeira e profunda, que pode ser aplicada à análise das situações políticas desde vários ângulos diferentes, sempre rendendo algum conhecimento.” – Olavo de Carvalho
Ainda existe produção artística literária de qualidade advinda das universidades Brasileiras? Produção que transcenda o imediatismo e a banalidade, e consiga adentrar no campo da verdadeira inteligência, abordando temas de relevância universal? Nem precisam responder.
Lula se gabou de ter como base de apoio a “militância estudantil universitária petista“. Vejamos a que tipo de excentricidade o Sr. Lula se referiu:
Vivemos em meio ao caos moral, social, cultural e econômico. Mas, até que ponto a decadência das Universidades públicas – principalmente nas áreas referentes ao magistério – são responsáveis por isso?
É verdade que as cátedras tupiniquins passaram de centros de doutrinação Marxistas (o que já era ruim o suficiente) a produtores de conteúdo de dissonância cognitiva completamente inútil. Basta analisar a produção acadêmica produzida no Brasil nas últimas décadas. Há teses, com aparência de pesquisa séria e relevante, discutindo temas como os apresentados nesta reportagem do site Gazeta do Povo: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/dez-monografias-incomuns-bancadas-com-dinheiro-publico-a8q52qvze7py9r8qavfieakyl/ Todas, como menciona a supracitada reportagem, devidamente financiadas com o dinheiro do contribuinte. O NOSSO DINHEIRO.
Mais do que isso, a impressão que temos ao adentrar o ambiente das universidades públicas brasileiras é de que se trata de verdadeiros centros de transmutação para uma espécie de realidade alternativa, com linguagem, leis e “costumes” próprios, no melhor estilo de distopia Huxleyana. A revolta contra os “padrões” da sociedade “patriarcal opressora” (tão velha quanto o próprio planeta Terra) parece ser o motriz de quem é aceito em tais “prestigiosas” entidades educacionais, que mais assemelham-se a bocas de fumo. Todos ali consideram-se figuras iluminadas, imbuídas do seleto poder de “mudar o mundo”, e estão certos de que conseguirão tal salvífica façanha consumindo altas doses de bebidas alcoólicas, drogas alucinógenas, passando semanas (ou até mesmo meses) sem tomar banho, praticando orgias desenfreadas e deformando a própria aparência, inclusive de maneira pouco higiênica. Digamos que, utilizando um eufemismo, as academias – que antes representavam ambientes sérios voltados à elevação intelectual e ao saber – tornaram-se ambientes “heterodoxos“. É a obsessão por contrariar tudo o que é “tradicional”. Atribui-se à isso os “Pensadores da Nova Esquerda” – como os intitulou Roger Scruton – e suas teorias suínas, como podemos notar neste exíguo excerto do Filósofo Inglês sobre Michel Foucault: “A retórica de Foucault vem para nos hipnotizar de alguma forma numa intrínseca conexão entre “burguesia”, “família”, “paternalismo” e “autoritarismo”. Trata-se de rebeldes financiados por suas abastadas famílias. Os famosos “socialistas de IPhone”.
A má notícia é que a classe universitária de hoje, é a classe jornalística, política e jurídica de amanhã. Uma classe “hipnotizada” pelo ódio àqueles a quem deve tudo o que tem, até mesmo a própria existência, com poder de influência sobre a sociedade. O que poderia dar errado?!
Jordan Peterson, psicólogo clínico canadense e ferrenho crítico da hegemonia esquerdista nas universidades, diz que somos seres sociais, constantemente dependentes do contato humano, seja para interação e validação de ideias e crenças, ou pela simples saúde mental, afetada pelo isolamento.
Segundo Peterson, “o que é valioso é puro, adequadamente alinhado e reflete a luz — e isso é verdade para uma pessoa tanto quanto para uma pedra preciosa. A luz, é claro, significa o brilho luminoso da consciência elevada e focada.”
Universidades públicas são, no entanto, ambientes sociais e psicologicamente “puros, elevados e focados“? É quase um consenso de que não. Não são.
O Professor Olavo de Carvalho já avisava sobre a catástrofe advinda de uma contra-cultura anárquica, que exclui e passa a hostilizar, ad nauseam, todos os jovens neófitos que não se dobrem perante o que Richard Rorty chamou de “intelectual coletivo“. Mesmo tratando-se de um “pseudo intelectual”, burro como o diabo.
Fatalmente, o resultado dessa plétora de irresponsabilidades, é a qualidade da educação pública Brasileira, sempre obtendo as piores notas nos principais testes educacionais internacionais, e a impossibilidade de varrer de uma vez por todas a esquerda dos cargos políticos.
Platão diz que a desordem se instala na sociedade quando muitas pessoas começam a galgar postos de importância e prestígio para os quais não têm a mais ínfima qualificação.
Desde políticos a reitores e professores universitários, jornalistas e formadores de opinião em geral. Temos hoje muitas pessoas que, se julgadas pelo critério de Mateus 7:16, “pelos frutos os conhecereis”, só tem a acrescentar danos à sociedade, em todas as esferas.
Qualquer coisa além disso lhes é materialmente impossível.
É a tese do Psiquiatra Polonês Andrew Lobaczewski, à qual ele chama de “ponerologia“: quando uma elite de psicopatas sobe ao poder, ela se cerca de adeptos e militantes – principalmente a classe falante e universitária – que não são psicopatas, mas que, no afã de enxergar as coisas como seus chefes mandam – e assim também poder obter ascensão profissional e social – em vez de aceitar os dados da realidade, acabam desenvolvendo todos os sintomas da histeria. É a lógica de que “os fins justificam os meios.” Não importa o dano causado à toda a sociedade.
Afinal, como disse George Bernard Shaw:
“Ganhe dinheiro, e toda a nação irá conspirar para lhe chamar de Cavalheiro.”
Mesmo que, após ascender à elevadíssima condição de “Cavalheiro“, tornem a nós e digam: “Perderam, manés.”