Desde o advento das redes sociais e dos novos meios de comunicação, como o whatsapp por exemplo, ficou muito mais difícil para a mídia mainstream emplacar suas narrativas sobre o que acontecia no mundo, especialmente no mundo da política. Pode-se dizer que o castelo de cartas dos construtores de narrativas bem como o das entidades que patrocinavam essas narrativas ruiu logo que as redes sociais e os novos meios de comunicação começaram a se popularizar.
Quando isso aconteceu, a hegemonia de pensamento e de estabelecimento do senso comum da população global por parte da grande mídia acabou, o que acarretou o crescimento da polarização que estamos testemunhando atualmente. Isso obviamente incomodou o establishment global, o qual doravante passarei a chamar de “sistema”.
O sistema, enfurecido com a nova realidade, passou a procurar formas de reconstruir a hegemonia perdida. Dentre as soluções encontradas uma delas diz respeito ao fortalecimento das agências checadoras de fatos. Essas agências, que dizem combater a desinformação, nem sempre agem dessa maneira, pois sua missão, não declarada, não é a de combater a desinformação, mas sim a de proteger o sistema, sendo que fazem isso muitas vezes disseminando desinformação.
Várias instituições nasceram ultimamente para proteger o sistema contra o conteúdo online produzido por analistas independentes e pela mídia alternativa. Uma entidade forte é a C2PA (Coalizão para a Procedência e autenticidade de Conteúdos), entidade composta por diversas empresas de tecnologia e comunicação. O “Project Orign”, uma iniciativa liderada pela Microsoft e a BBC faz parte da C2PA e pretende identificar a procedência de qualquer post, vídeo, imagem, áudio e documentos para obviamente desmentir aquilo que incomoda e calar a boca daqueles que pensam diferente do sistema.
O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz o seguinte:
“Todos têm direito à liberdade de opinião e de expressão; esse direito inclui não ser cerceado por opiniões, poder investigar e receber informações e opiniões, e ter o direito de transmitir as informações e ideias, sem limite de fronteiras, por qualquer meio de comunicação”.
Porém, infelizmente, esse direito vem sendo desrespeitado de forma crescente e aponta para a criação de um “Ministério da Verdade” global, cuja existência e atuação favorece o totalitarismo e afronta diretamente a democracia. A população mundial precisa se posicionar fortemente em favor da observação e manutenção do artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.