Muito da política atual, ou quase toda, utiliza-se de conceitos basilares que são: nação, estado e direito.
Boa parte daquilo que um indivíduo tem por conceitos na seara política derivam destes 3 pilares.
Nação: é o povo de um país.
Estado: é uma porção de terra delimitada que possui um povo e regramentos jurídicos.
Direito: são as normas, princípios e regras escritos ou não que regem o estado e a nação.
Com estes três conceitos já fica um pouco mais fácil entender, mas acredito que a dúvida é mais profunda: “como surgem os estados com seus requisitos”?
O surgimento dos estados tal qual nós temos hoje é algo derivado de uma teoria chamada “ordem espontânea”. A ordem espontânea afirma que não houve uma intenção humana em criar os estados ou outras instituições humanas. Hayek, que é o fundador da teoria acredita que as criações humanas, anteriormente ditas, não são intencionais.
Muito interessante esta constatação feita por Hayek, pois que a partir dela temos um sentido de causa e efeito. Desta forma o surgimento do estado se dá de forma espontânea, de maneira que em um processo de interação humana, o qual evolui, altera-se e toma forma em uma sucessão de tentativas. Tentativas essas que não eram intencionais, apenas ocorreram por ocasiões específicas em que os indivíduos se encontravam.
De forma mais simples, os indivíduos reuniram-se ao longo de toda a existência da história da humanidade e que dessas interações as instituições, tal como o estado, foram surgindo de forma gradual e espontânea.
Sendo assim, o surgimento do estado se deu pela necessidade que os indivíduos tiveram em se organizar de uma forma mais ordeira e eficaz. O processo de formação é longo e demanda uma quantidade de conhecimento que apenas diversos indivíduos ao longo do tempo têm a capacidade de possuir.
As gerações posteriores aproveitam-se daquilo que foi feito pelas gerações anteriores, ainda que não entendam perfeitamente a formação daquilo que as cercam. Entretanto, nada impede que continuem a desenvolver aquilo que foi deixado por seus antepassados. Aliás, é o que fazem as gerações futuras, tendem a dar continuidade naquilo que as anteriores iniciaram.
É um progresso inconsciente, não intencional e não dirigido, ou seja, frisando novamente, não há uma mente superior ditando como deverá ser a formação da sociedade, ela se dá e se organiza de forma espontânea.
Podemos concluir que: a nação é um conjunto de pessoas que, por motivos de necessidade e conveniência, se agruparam em determinada localidade, tendo como base de unificação costumes, preferências e regras, as quais começaram a ser amplamente aceitas, ou impostas, por e para aqueles que pretendiam fazer parte daquela sociedade. A qual posteriormente deu suporte para a criação do estado, sendo este regido por leis fundamentadas em normas, regras e princípios que vêm sendo aprimorados ao longo da história, mas que tiveram seu início a muito tempo atrás por motivos que muitas vezes não são sequer conhecidos hoje.