Política fiscal é algo que pode ser definida de maneira fácil da seguinte forma, em síntese: é o meio pelo qual se dará a gestão econômica do país.
No governo anterior, do ex-presidente Bolsonaro/PL, a política fiscal era integra, primando pela redução de gastos e controle das dívidas do estado. Em oposto, temos o governo atual, Lula/PT, que vem adotando medidas expansionistas, liberando mais dinheiro, aumentando a dívida, sem se preocupar muito com a saúde econômica do país.
Acontece que: em um primeiro momento essa política fiscal parece ser benéfica, haverá aumento de empregos – como normalmente acontece -, e um aquecimento na economia. A duração deste efeito não é muito longa, podemos analisar os períodos do governo do PT de 2003 a 2016 e tirar nossas conclusões. Deixo aqui o artigo que trata da expansão monetária e o problema que gerou no Brasil.
Tão logo a política fiscal frouxa der as caras a sua melhor amiga virá junto, a inflação. A partir da chegada da inflação os problemas começarão a aparecer, uns em menor escala outros em maior, porém é certo que estão a espreita.
Hayek, em seu livro, “Desemprego e Política Monetária”, aponta a inflação como inimiga dos empregos, ainda que, de certa forma, faça com que alguns empregos tornem-se atraentes:
“A inflação torna certos empregos temporariamente atraentes. Estes empregos, no entanto, certamente desaparecerão quando a inflação cessar ou mesmo quando deixar de acelerar-se tão rapidamente. Esta é uma consequência da inflação (a) alterar o fluxo monetário entre vários setores e estágio do processo produtivo e (b) criar a expectativa de um aumento ainda maior de preços.”
Observe bem que a inflação tem a capacidade de alterar a eficiência na alocação de recursos, incluindo a mão de obra. Não por menos, o grande mestre, Hayek, continua:
“A conclusão mais importante que pretendo demonstrar é a de que quanto mais tempo durar a inflação, maior será o número de trabalhadores com empregos que dependerão de sua continuação, ou, muitas vezes até, de haver uma aceleração constante da taxa inflacionária. E isto não acontece porque estes trabalhadores não teriam encontrado emprego sem a inflação, mas porque a inflação os leva a empregos temporariamente atraentes, que tendem a desaparecer assim que haja desaceleração ou término do processo inflacionário.”
Tudo isso se dá por meio de uma espiral, cada vez pior, necessitando de mais expansão monetária até o momento da insustentabilidade e do colapso.
É inevitável que isso aconteça caso não haja uma boa política fiscal. Portanto, assim como, o grande mestre, Hayek diz em seu livro, é melhor olhar para as experiências passadas para que elas não se repitam no futuro.
FONTE
Desemprego e Política Monetária – F. A. Hayek