Edmund Burke disse que “a educação é a mais barata defesa das Nações.” Mas, hoje em dia, o que convém chamar “educação” no Brasil?
É fato que o Japão investiu maciçamente em educação após a Segunda Guerra Mundial, e conseguiu reconstruir a economia de seu país em um tempo relativamente curto.
É também fato que países que ascenderam economicamente, mas não tinham uma base cultural e educacional minimamente sólidas, sucumbiram à miséria e ao totalitarismo comunista.
O Brasil é um dos países que mais investem em educação no mundo; no entanto, os resultados do Brasil em testes educacionais internacionais é catastrófico. Tudo isso nos leva à suspeita: Seria PROPOSITAL?!
A volta de um governo de esquerda no Brasil – após a controversa e contestada eleição de Lula à Presidência da República – traz consigo a ameaça de cada vez mais observarmos o declínio cultural e educacional no Brasil. A destruição da alta cultura, da eficiência, da competência e da inteligência, substituída por simulacros de “pertencimento a uma classe social” que supostamente deve “resistir às imposições da Burguesia”.
Afinal, como disse o próprio Paulo Freire: “Não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes.”
Refuto: Tem que estudar para passar no vestibular. – Há saber mais, sim! O mercado de trabalho está cada vez mais exigente. – Há saber mais, sim!
Não adianta apenas criticar Paulo Freire – queridinho do PT e da Esquerda. É necessário conscientizar-se do DANO por ele causado.
Em 2018, o Brasil ficou entre 58º e 60º lugar em leitura, entre 66º e 68º em ciências e entre 72º e 74º em matemática no PISA – principal exame educacional internacional.
A nota de escolas particulares de elite do Brasil colocaria o país na 5º posição do ranking mundial de leitura do PISA. Já o resultado isolado de escolas públicas estaria 60 posições abaixo, na 65º entre 79 países.
Pode-se, por meio da análise destes dados, constatar como verídicas as alegações de intelectuais liberais e conservadores: A educação de Paulo Freire é um fracasso, mas não um “fracasso político“, stricto sensu, uma vez que mantém as classes mais vulneráveis da sociedade estratificadas, sem qualquer chance de ascensão intelectual ou social. Ou seja, dependentes do Estado e das muletas que o mesmo oferece: A DERROTA DO BRASIL É A VITÓRIA DO PT e seu ENERGÚMENO Paulo Freire.
Manter as massas ignorantes é uma das estratégias políticas mais antigas e eficientes da história da humanidade. Desde Otávio Augusto, (que governou a Roma antiga de 27 a.C. a 14 d.C.), a política do pão e circo – medida que consiste em oferecer alimento e diversão à população carente – vem sendo amplamente exercitada. A diferença é que, ultimamente, como disse o Professor Olavo de Carvalho: “oferecem o circo, mas sem o pão.”
É o político visto como uma espécie de “Senhor” de seus eleitores. O apogeu do Coronelismo, que reduz o cidadão a mero objeto nas mãos da elite governante, e cujo poder de dominação mental lhes proporciona a garantia de manipulação e perpetuação no poder, geração após geração. São as velhas oligarquias políticas, que em algumas localidades brasileiras, parecem simplesmente invencíveis.
O método socioconstrutivista de educação já provou sua ineficiência. No entanto, governos de Esquerda no Brasil continuam utilizando-se dele, ad nauseam. É óbvio que não se trata apenas de incompetência. É premeditado.
Milton Friedman destacou-se por ter introduzido a ideia do voucher escolar, tema que se tornou presente em muitos debates de teoria e política educacional, especialmente nas décadas de 1980 e 1990 nos Estados Unidos e a principal proposição educacional associada ao liberalismo. Em “In the role of government in education” (sexto capítulo de Capitalismo e liberdade, uma de suas obras mais reconhecidas, de 1962), Friedman critica a ação do governo na oferta da educação pública, considerando-a como uma extensão indiscriminada da sua responsabilidade. Assim, contrário à oferta estatal da educação, defende que o Estado deveria subsidiar a educação mediante programa de vouchers para estudantes de baixa renda, ainda que a administração das escolas deva ser totalmente privada.
Tudo o que é privado depende do lucro para subsistir. Por conseguinte, deve investir nos mínimos requisitos de qualidade para atingir os padrões necessários para aquisição de lucro. Raciocínio prosaico e simples, mas não simplista.
Russell Kirk diz que “o objetivo principal de uma educação liberal, então, é o cultivo do próprio intelecto e da própria imaginação, para o bem da própria pessoa. Não se deve esquecer, nesta era massificada em que o Estado aspira a ser tudo em tudo, que a educação genuína é algo além de um instrumento de política pública.”
No entanto, o Brasil segue utilizando metodologias calcadas no coletivismo e na massificação, com professores cada vez mais despreparados, com investimento monetário cada vez menor por parte do próprio Estado – que insiste em clamar para si a autoria de uma “educação inclusiva” – cuja única contribuição à educação de uma criança é destruir sua individualidade e capacidade de aquisição de um ferramental intelectual minimamente sólido, capaz de lhe proporcionar o desenvolvimento intelectual e psicomotor, para que posteriormente possa dar continuidade aos estudos.
Precisamente por isso, são os alunos oriundos de escolas particulares a ocupar a grande maioria das vagas em universidades públicas. Ou seja, tais instituições – falaremos sobre as universidades em artigo posterior – são mantidas com impostos pagos pelas classes c e d, mas têm como clientela pessoas predominantemente oriundas das classes b e a. O pobre paga, e o filho do rico estuda de graça, enquanto o filho do pobre, quando não se encaixa em alguma política de cotas (falaremos mais sobre Thomas Sowell e as ditas políticas de Ação Afirmativa em outro artigo), dificilmente conseguirá cursar Ensino Superior, estando socialmente estratificado pelo resto da vida.
Se até o próprio Lênin, na extinta União Soviética, preparou a elite intelectual antes de mobilizar as massas, e os políticos brasileiros nada têm de fazer além de “comprar” eleições em troca de dentaduras e “picanhas metafóricas”, é óbvio que não podemos esperar resultados diferentes.