Enquanto nos Estados Unidos e no resto do mundo a ideologia woke está em decadência, no Brasil ela reina soberana. Como dizia o Millôr Fernandes: “Quando uma ideologia fica bem velhinha, vem morar no Brasil”.
Temos visto no nosso país uma escalada do autoritarismo, que se expressa na censura, nos cancelamentos, perseguição a artistas e intelectuais que não pensam de acordo com a cartilha vigente, o identitarismo woke. Politicamente correto, cancelamentos, lacração, ataques à liberdade de expressão, tudo isso faz parte do radicalismo próprio ao identitarismo.
Ministério da Cultura, Ancine, editais estaduais e municipais, lei Paulo Gustavo, etc, todos usam abertamente critérios da ideologia woke. Conceitos importados como apropriação cultural e linguagem neutra orientam os debates e o fomento da arte brasileira há mais de uma década. Como diz Antonio Risério, até a língua portuguesa foi instrumentalizada por essa ideologia.
Além disso, existe o preconceito contra pessoas religiosas em geral, e especificamente contra os cristãos. É praticamente impossível aprovar um filme cristão num edital audiovisual, por exemplo.
Uma das principais vítimas da censura é o humor, tem sido cada vez mais difícil fazer uma comédia popular. Humoristas são cancelados diariamente sob aplausos da base woke.
Tem sido comum também fazer tábua rasa do passado, em vez de ser tratado com a devida complexidade, existe um ódio muito grande ao passado e aos personagens que fizeram o nosso país e a cultura brasileira.
A arte brasileira está sob censura.
O que hoje chega ao resto da sociedade, essa chatice de lacração e de linguagem neutra, já domina a arte brasileira há mais de uma década.
Isso afastou a arte e a cultura brasileira do seu público.
Nunca o cinema, a televisão e o teatro brasileiro estiveram tão afastados do gosto popular.
Por um motivo simples: as obras seguem fielmente uma estética importada.
Nós artistas livres lutamos pela diversidade estética e pela liberdade de expressão e de criação.