Depois de muitos anos, sabemos que a intenção dos debates políticos de TV não é apresentar propostas dos candidatos, mas revelar sua postura, comportamento e popularidade. O debate para valer acontece na sociedade.
Sem entrar no mérito de cada um, já sabemos que todos vão perder. No plano do governo Lula está claro que Brasília vai comandar as políticas públicas de todas as cidades, implantando e executando de forma centralizada, sem dar espaço para discordâncias ou prioridades apontadas por prefeitos, vereadores, muito menos pela sociedade local.
Todo esse imbróglio político está ligado à Reforma Tributária que o governo pagou bem para ser aprovada. Primeiro foi votada e aprovada a emenda constitucional, depois a lei complementar que determinou o valor das alíquotas, que criam o IVA mais alto do mundo. Tudo isso graças ao centrão, obrigado.
A segunda parte da votação das leis complementares ocorrerá brevemente, quando será determinada a criação do comitê gestor, sediado em Brasília, que além de violar a autonomia de estados e municípios, centralizando a arrecadação, também prejudicará os pequenos e médios empresários, que são os que mais empregam.
Já prevemos filas de prefeitos, empresários, vereadores e representantes de associações junto com outros proponentes e grupos de interesse para serem atendidos, de pires na mão, em Brasília. Resultado: os pequenos tendem a sumir ou a entrar para a informalidade.
Ninguém tem dúvida de que esse comitê será ocupado pelos apadrinhados do governo, como tem ocorrido em todas as autarquias, por isso é importante saber quem vai garantir a devolução proporcional aos estados e municípios. A resposta é simples: Ninguém. Não haverá transparência, nem órgão que possa vistoriar esse comitê e controlar a arrecadação e destinação de forma imparcial.
Os prefeitos que forem de esquerda podem até perder com isso, mas se os globalistas estiverem no comando do sistema tributário, os recursos vão ser destinados a uma agenda esquerdista, que sempre vai mantê-los no poder. Esse é o modelo comunista.
Por isso, ganha o debate, na tela ou na vida real, quem entende a necessidade urgente de duas medidas: garantir que os totalitários de esquerda não ganhem prefeituras; e depois nos mobilizarmos junto aos representantes locais, com força e persistência, para desfazer todo o desastre que foi aprovado: arcabouço fiscal, regras do Carf e essa funesta reforma tributária.