O dia 2 de Dezembro certamente representa pobreza, violência e vergonha para os cubanos.
Foi neste dia, em 1961, que Fidel Castro – então líder revolucionário e membro do Partido Comunista Cubano – declarou-se, em rede nacional de televisão, um “marxista-leninista“, afirmando que “o mundo rumava em direção ao comunismo” e que “Cuba seguiria o mesmo caminho.”
15 anos mais tarde, no mesmo 2 de Dezembro, Castro – recém eleito presidente – iniciava seu regime macabro, que transformou Cuba – um país de economia pujante – em um gigantesco gulag a céu aberto, dominada pela miséria e pela repressão do unipartidarismo Castrista, subjugando e massacrando um povo “cuja vontade coletiva, como atestam as ruínas, não equivalem em seu poder à vontade de um homem: Comandante em jefe”, como descreve o escritor Theodore Dalrymple.
Considerado por muitos como o pioneiro de uma utópica “Nova Ordem Mundial Socialista”, a verdade é que Castro representou a epítome do regresso para a economia cubana, que durante os 55 anos de seu trágico regime, não obteve NENHUM crescimento, apenas a pior estagnação da história do país.
11 milhões de pessoas se tornaram miseráveis durante seu reinado totalitário, que teve como principais características a supressão violenta de opositores, o controle estatal da economia e a redução do padrão de vida da população a condições sub-humanas após o presidente russo Boris Iéltsin interromper a concessão de subsídios e o envio de petróleo a preços reduzidos após a queda da URSS, abandonando Cuba à própria sorte.
O “Grande Experimento Socialista” conduzido no Século XX, que afirmava que os países que se desvencilhassem do “Imperialismo Norte-americano e do capitalismo” tornar-se-iam ricos, foi um morticínio sem precedentes na história da humanidade, e logo os maiores economistas do século – como Ludwig Von Mises, Friedrich Hayek e, posteriormente, Milton Friedman – exporiam as falhas desta utopia absurda.
Fidel da Silva ou Lula Castro?
Lula, amigo de Fidel Castro por décadas, seguiu os passos – e repetiu diversos erros – do revolucionário no Brasil.
Na economia, Lula adotou a mesma lógica centralizadora por meio da dependência em empresas estatais como a Petrobrás, além de iniciar sua série de políticas intervencionistas, que reduziram a competitividade e a transparência do mercado brasileiro, o que posteriormente deu origem aos escândalos de
corrupção do mensalão, à extinta Operação Lava-Jato e à ojeriza popular frente à então presidente Dilma Rousseff.
Lula, assim como Fidel, praticou uma política externa ideológica e pouco pragmática, investindo em regimes socialistas como a Venezuela Chavista, negligenciando seus próprios eleitores, e a tragédia anunciada vem se concretizando cada vez mais a cada dia, com a tributação de empresários, e o subsequente desemprego em massa, forçando os benefícios estatais como o Bolsa Família como única fonte viável de renda para milhões de brasileiros.
O governo Lula, desde seu primeiro mandato em 2002, vem cada vez mais perseguindo seus opositores políticos, com censuras inconstitucionais a redes sociais, prisões arbitrárias de cunho puramente político e ativismo judicial crescente. A sanha totalitária no Brasil vem sendo aplicada a conta gotas no Brasil, mas a direção na qual avança é exatamente a mesma imposta por Fidel Castro. A politização das instituições pela esquerda brasileira não deixa dúvidas: Lula busca o controle coercivo por meio do aparato burocrático estatal.
Castro jamais escondeu suas intenções ao tomar o poder em Cuba, mas Lula abusa da palavra “democracia” para justificar suas péssimas decisões. A verdade é que a única coisa “democrática” no socialismo é a miséria, como disse Winston Churchill, “igualmente distribuída a todos”.
Referências:
DALRYMPLE, Theodore. Nossa Cultura… Ou o Que Restou Dela. São Paulo: É realizações, 2015. (Pg. 221)
SERVICE, Robert. Camaradas. Rio de Janeiro: DIFEL, 2015. (Pg. 409)