Javier Milei –Presidente eleito na Argentina no dia 20/11 –durante entrevista concedida à jornalista Viviana Cabosa, referiu-se ao szurdos (políticos e militantes esquerdistas) de seu país pela alcunha de “mierda”, deixando a jornalista visivelmente em choque por sua coragem, honestidade e intrepidez ao expor frontalmente sua opinião com relação àqueles que –ainda nas palavras de Milei –não aceitam o debate e utilizam o aparato repressivo do Estado para calar todas as vozes dissonantes. Será que não é disso que precisamos no Brasil? Políticos verdadeiramente engajados em combater o erro esquerdista, sem palavras bonitas ou polidez midiática? Políticos que verdadeiramente falem para o povo, sem nenhuma preocupação com o show business e a mídia politicamente correta? Afinal, como sempre disse o Professor Olavo de Carvalho: “É preciso dar às coisas os seus nomes exatos.” “Si, pues son una mierda”, como disse Milei.
Poucas personalidades públicas no Brasil tiveram e têm a coragem de sequer se aproximar da bravura e da convicção inabalável de Javier Milei ao denunciar políticos corruptos e moralmente degenerados utilizando palavras verdadeiramente capazes de descrevê-los com exatidão: “Mierda”. ¡Muchas gracias por hablar la verdad, Milei!
A Argentina viveu dias sombrios, viu o aborto ser legalizado em 2020 por meio da aprovação da lei 27.610, viu a inflação elevar o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subir 138,3%em 12 meses durante o ano de 2023, sentiu na pele os efeitos nefastos da pobreza, da miséria e da fome causadas por Alberto Fernández – herdeiro maldito do Kirchnerismo -antes de decidir tomar um rumo político sensato. Foi preciso chegar ao “fundo do poço” para que “nuestros hermanos” decidissem colocar um ponto final ao reino de terror socialista que os assolou por várias décadas. “¡Mierda! Por supuesto.”
É preciso encarar a realidade: Estamos perdendo para os argentinos no futebol, e principalmente, na política. Lá, eles elegeram Milei. Aqui, em detrimento do combativo e bem-intencionado Jair Bolsonaro, elegemos outra vez Lula, e nosso país está a cada dia pior desde o primeiro dia de sua administração coletivista, populista, corrupta e ideologicamente degenerada.
O Brasil ainda tem jeito
No livro “Desabafo de Um Jovem Brasileiro(Os Dez Anos da Direita no Brasil)” (Editora Faro), o jovem escritor, ativista e cientista político Bruno Sato nos presenteia com uma análise cirúrgica sobre nosso atual cenário político: Boa parte de nossa classe parlamentar eleita para combater a esquerda em todas as esferas de atuação – econômica, social e cultural – demonstra pouco ou nenhum interesse em de fato atuar em consonância a seus slogans de campanha, e muito menos pelos reais interesses de seu massivo eleitorado, preferindo antes agir como celebridades, jornalistas ou analistas políticos sensacionalistas, os famosos “caçadores de seguidores” e “likes” na internet. Muitos políticos da direita brasileira não lutam por modificações em nosso sistema, pois estão confortáveis em seus cargos eletivos no sistema exatamente do jeito que ele é hoje.
Felizmente, há exceções: Ainda podemos contar com pessoas como o professor, advogado e jornalista Tiago Pavinatto, e o jornalista Augusto Nunes (para citar apenas dois exemplos) –vozes que trazem sanidade, lucidez e real autoridade intelectual ao debate público brasileiro -vozes verdadeiramente capacitadas, e cuja atuação nas redes sociais tem se mostrado muito mais convincente e frutífera do que a da maioria das vozes “oficiais” que hoje ocupam cadeiras no establishment eleitoral nacional, e são pagas com nosso dinheiro para desempenhar funções vitais para o desenvolvimento do Brasil, mas simplesmente não têm preparo suficiente para isso. O cenário não se modificou muito desde a aprovação da Constituição de 1988: Desde os anos 90, jornalistas e escritores como Olavo de Carvalho denunciaram as mazelas do PT com muito mais afinco do que a esmagadora maioria dos políticos eleitos na “direita politicamente correta” e “polida”. Cult. Não se pode chamar os zurdos de mierda! É necessário impor ao povo os sentimentos de respeito e tolerância àqueles que nos privam de UMA VIDA MAIS DIGNA! No entanto, é permitido –e até aconselhável –ridicularizar a fé Cristã de milhões de fiéis, assassinar bebês no ventre materno, deixar cidadãos de bem que não concordam com os termos e condições da casta revolucionária vigente morrer desassistidos, em condições inferiores às de assassinos confessos.
Que o exemplo de Javier Milei e a força da juventude encarnada em pessoas como Bruno Sato nos permita escolher com mais sensatez nossos políticos de amanhã.