A soma zero está intimamente ligada a noção de exploração, na qual os detentores de capital exploram os menos afortunados, expropriando-os de sua riqueza.
A teoria impõe, essencialmente, que a riqueza existente no mundo não possa ser aumentada e, que, portanto, para que alguns tenham muito outros tem que de ficar sem.
O raciocínio por trás é o seguinte:
Imagine uma pessoa que tenha 50KG de arroz enquanto outra tenha 10KG de feijão. Na hora da troca elas acordam que um 1KG de arroz vale 1KG de feijão.
- Aqui seria o ponto de acúmulo de riqueza e da soma zero.
A lógica emprega é a seguinte:
Quem tem 50KG de arroz tem muito mais do que aquele que tem 10KG de feijão. Logo uma troca na razão de um por um seria negativa para o dono do feijão.
Pior ainda seria, de acordo com a soma zero, se houvesse uma razão de 2 por 1 do feijão para o arroz. Ou seja, 2KG de feijão para 1KG de arroz.
Logo o portador do feijão estaria perdendo riqueza enquanto o portador do arroz estaria acumulando.
- Não utilizo a palavra produtor pelo fato de que na soma zero a produção de riqueza é inexistente. Colocar a palavra produtor, poderia, em certo grau, induzir ao erro.
A metáfora do bolo
Uma das formas de explicar a soma zero se dá através de uma comparação entre a riqueza existente no mundo e um bolo. O bolo representa a riqueza e desta forma há uma quantidade fixa, que não pode ser aumentada.
Aqueles que forem gananciosos pegariam para si pedaços maiores o que consequentemente deixaria as outras pessoas com pedaços menores.
Como o bolo não pode ser aumentado apenas dividido em mais frações, o acúmulo por poucos é uma forma negativa da construção social, já que deixaria a grande maioria marginalizada, com pouquíssimo ou nenhum pedaço de bolo.
O erro desta teoria
- Não pretendo abordar neste artigo profundamente as refutações a está teoria, para tanto farei um artigo específico.
O maior erro desta teoria é impor a noção de que não há produção de riqueza.
A produção de riqueza é continua, a todo momento novos produtos são produzidos. Um exemplo disso seriam os carros, pois que sua quantidade é crescente.
Outro erro desta teoria é crer que o conceito de valor é objetivo o que levaria a trocar com percas em todas as vezes, gerando a soma zero.
O conceito de um valor é subjetivo, quem troca ou compra algo o faz pelo sentimento de melhoria, independente do preço atribuído.
Portanto, a teoria da soma zero possui erros na sua formulação que a invalidam. A tentativa de aplicar esta teoria a realidade é voltada a defesa de sistemas econômicos tão fracassados quanto a própria soma zero.