A Europa deixou claro nas eleições para o Parlamento que está dando uma guinada à direita. O século 21 é antissistema, é populismo, é democracia, é lei natural e é a humanidade.
O Parlamento Europeu representa uma evolução da União Europeia. Seu início se deu no âmbito comercial, inclusive na moeda, a seguir afrouxaram-se regras de tráfego e de passaportes.
Entretanto, a perversidade desse sistema é ter se transformado em uma espécie de União Soviética. Após a queda do Muro de Berlim, os socialistas e comunistas perderam o protagonismo político na Europa, mas os partidos Social-Democratas absorveram essas perdas e se tornaram dominantes.
Nesse contexto foi formado o Parlamento Europeu, o que conferiu aos primeiros eleitos um perfil de “socialismo light”.
Nos últimos anos, com mais poder, a UE colocou em prática suas políticas de esquerda, o que gerou a saída da Inglaterra. Agora a UE vive a ressaca desse primeiro movimento. A reação do Brexit revelou o excesso de regulamentação, o fechamento comercial da Europa, a interferência na liberdade econômica do bloco e o programa de socialismo gradual, tanto no sentido econômico, como social e político.
A eleição para o parlamento europeu desse final de semana foi o segundo movimento contra as políticas da instituição, dentre elas leis de imigração e de meio ambiente destrutivas, e guerras internas que afetam o dia a dia dos cidadãos de toda a Europa.
A vitória da direita é um sinal de que as políticas de esquerda se esgotaram. Seu papel, nos últimos 100 anos, foi de agigantar os Estados e suas instituições, implantando no Ocidente o Estado Social, garantidor e distribuidor de renda , limitando as liberdades individuais.
Todas as demandas sociais do século 19 foram materializadas no século 20, e como os socialistas já conseguiram tudo o que era possível em termos de coletivização, próxima etapa é o controle social, do comportamento, da linguagem, da natalidade e da imigração.
Contra esse “Sistemão”, partidos populares e populistas, nacionalistas, liberais estão se erguendo, contra a resistência violenta dos partidos de esquerda, controladores do sistema público, da mídia e das universidades. Com as redes sociais, a narrativa esquerdista perdeu aderência e a imprensa, que faz parte do jogo, atribui aos populistas a pecha de radicais, em uma total inversão das ideologias do século 19.
O populismo de hoje é o que combate o Fascismo inerente a um Estado interventor, construído pela esquerda. O populismo do século 21 luta contra o mesmo inimigo do século 19: o imperialismo central e monocrático.
A mudança de tendência na Europa para a direita não surpreende ninguém que observa a história recente. É muito bom ver a Europa dar uma resposta à utopia socialista e influenciar o cenário mundial. O Brasil está no mesmo caminho, e sua resposta será dada nos próximos ciclos eleitorais.
Belo texto, senhor deputado e aristocrata. Mas a foto achei-a um tanto pejorativa para o assunto. Por que representar os valores conservadores como a perda dos valores da diversidade? Se mal interpretei a imagem, peço desculpas. Mas, por exemplo, na história do movimento gay, remontando ao século XIX, um grande protagonista foi Edward Carpenter. Dez anos mais velho que Oscar Wilde, Carpenter, inicialmente juntou-se a igreja e já percebia sua sexualidade distinta. O regime vitoriano era muito hostil para ele e, por influência de de um cristão socialista e teólogo, F.D. Maurice, ele ficou inclinado para o socialismo, não incomum para a época e, acredito, uma forma de protesto contra a hipocrisia da sociedade vitoriana.
Depois de Carpenter, outros militantes da liberdade para o relacionamento entre pares do mesmo sexo, também seguiram um caminho semelhante, inclinando-se para o socialismo e influenciando profundamente as futuras gerações de gays. No meu ponto de vista um erro aconteceu ao associar-se a a defesa da (homo)sexualidade à ideologia política (já no século XIX).
Enfim, não conseguiria mudar o passado, mesmo que tentasse, mas acho importante se tentar entender alguma das disparidades da diversidade, da sexualidade, por exemplo, para não se prosseguir com uma perseguição cega ou generalizações infundadas.
Novamente, peço desculpas.
Me entendo conservadora e acredito no nosso respeito e convivência com as diferenças , e estes limites hoje, estão completamente deturpados
O bom senso, me parece ser o ponto.Excelente texto!
Parabéns! Por mais intelectuais nosso país!
É uma honra termos o descendente da Princesa Isabel lutando pela perenidade da cultura e valores de nosso país. Devemos cultuar as conquistas de nossos antepassados e perpetuar nossa ancestralidade. Nossas riquezas , nossa cultura, nossa língua natal, nossas convicções como brasileiros e nação devem ser preservados. Parabéns!!!