Theodore Dalrymple – pseudônimo do médico britânico Anthony Daniels –demonstra em seu livro “Nossa Cultura… Ou o Quê Restou Dela” (São Paulo: É Realizações, 2015. 397 pgs.) que vivemos em uma era culturalmente degenerada, onde as tradições foram demolidas, consumidas pelo hedonismo extremista, pela relativização radical da ética, pelo escárnio aos valores morais e civilizacionais, pelo consumo de drogas e pela vulgarização da sexualidade. Mas, seria tudo isso apenas uma “mera coincidência”? O “curso natural” do Séc. XXI? Certamente não!
Olavo de Carvalho discorreu exaustivamente –em diversos livros, artigos e publicações periódicas –sobre a “Escola de Frankfurt”, a qual chamou de “versão mais sofisticada do Marxismo do século XX”. “De Gyorgy Lukcas a Herbert Marcuse, a Escola de Frankfurt, (Fundada em 1924 por intelectuais herdeiros da tradição marxista – como Max Horkheimer e Theodor Adorno na Alemanha)ilustrou seus próprios ensinamentos, descendo da mera revolta genérica contra a civilização à bajulação ostensiva da barbárie, da delinquência e da loucura”, cuja degeneração sistêmica “pode estender-se a todos os domínios da vida social, mesmo os mais distantes da “política” em sentido estrito, como por exemplo a pré-escola, os consultórios de aconselhamento psicológico e sexual, as artes e espetáculos, os cultos religiosos, as campanhas de caridade, até a convivência familiar. “
E de fato, estendeu-se. A chamada “Cultura Woke” (resultado moderno da Escola de Frankfurt) alastrou-se como um câncer por todo o mundo, impondo sua agenda absurda e insana de ódio às bases tradicionais da família, à doutrina judaico-cristã e à meritocracia do trabalho de forma agressiva e inescapável.
A corrente intelectual frankfurtiana infelizmente teve um impacto comportamental, cultural e social devastador no Ocidente, cujos frutos amargos ainda colhemos hoje.
Pregam a mudança de sexo em crianças, o aborto indiscriminado até o nono mês de gestação, e até absurdos como o “assalto legalizado” –no estado americano da Califórnia, já é legal assaltar! (excrescências como esta necessitam de uma fonte para que o público, atônito, não pense tratar-se de um exagero: https://www.hoover.org/research/why-shoplifting-now-de-facto-legal-california) e todo tipo de novas “leis” e “costumes” que, dez anos atrás, seriam apenas parte do roteiro de filmes de terror. Tudo com devido aval de políticos e da mídia militante mundial, que simplesmente “cancela” personalidades que utilizam de sua fama e visibilidade para tentar combater tamanha loucura.
O exemplo mais recente talvez seja o ator estadunidense Jim Caviezel (55). “Cancelado” pela elite hollywoodiana e pela militância woke após sua brilhante atuação no filme “A Paixão de Cristo” (2004, dirigido por Mel Gibson), Caviezel viu-se “excluído” do show business e da indústria cinematográfica, após expor publicamente suas convicções conservadoras e Cristãs. E pensar que a Esquerda vive pregando o “amor”.
Os Conservadores lutam pela sanidade
Caviezel, no entanto, não se desanimou. Seu novo projeto, o aclamado filme “Som da Liberdade” (Sound of Freedom) –mesmo após ser vítima de uma ostensiva campanha de difamação, chegando a ser rotulado como conspiracionista, e “filme para pais que têm cérebros de minhoca”, apenas nos Estados Unidos já vendeu mais de 8,9 milhões de ingressos, ultrapassando a marca de US$ 124 milhões em faturamento bruto, mais de R$ 590 milhões na cotação atual”, segundo o site “Brasil Paralelo” em notícia veiculada no dia 27 de julho.
Chamado por diversos jornais e canais independentes e conservadores de “o filme que eles não querem que você veja“, “Sound of Freedom” (baseado em fatos reais) “que levou cinco anos para chegar às telas de cinema após o término das filmagens em 2018, estrelado por Jim Caviezel como o fundador da Operation Underground Railroad, Tim Ballard, e conta a história de sua luta para acabar com o tráfico sexual de crianças.”
“É impressionante considerando que o filme está sendo distribuído por um estúdio independente na Angel Studios e é um filme religioso, que é um gênero que raramente consegue atrair um público numeroso”, diz o site “The Direct”. Parece que quem têm “cérebros de minhoca” são os jornalistas esquerdistas americanos. Let’s go Brandon!
A arte conservadora e tradicionalista americana contemporânea, no entanto, não se restringe ao cinema:
Ainda em 2021, o músico americano Aaron Lewis (51)atingiu o N°1 da Billboard Hot Country Songs, com a música “Am I The Only One”. Com um conteúdo lírico politicamente agressivo e “incorreto”, a canção é, segundo o próprio Lewis, “um desabafo da minha própria frustração [com a política americana”. Frases como “Eu sou o único que não sofreu lavagem cerebral, Fazendo meu caminho pela terra dos perdidos, Que ainda dá a mínima e se preocupa com seus filhos” demonstram que Lewis, assim como milhões de outros americanos, “experimentaram” (forçosamente) o sabor amargo da “cultura woke“, e ainda preferem cultivar famílias tradicionais, trabalhar honestamente, educar os filhos em casa,ir à igreja aos domingos, e morrer pela liberdade da pátria, caso necessário.
Outra música conservadora de enorme sucesso recentemente foi “Try That In a Small Town” de Jason Aldean(46).
Acusado pela mídia americana atrelada ao partido democrata como “racista”, e fomentador do ódio ao grupo extremista da esquerda americana “Black Lives Matter“, o hit de Aldean – que prega o direito da população à legítima defesa em casos de assalto, depredação e outras atitudes “amorosas” da militância esquerdista – como atear fogo em propriedades privadas e agredir transeuntes inocentes -,“alcançou a segunda posição na Billboard Hot 100 de todos os gêneros, e[assim como Lewis dois anos atrás], o N°1 da Billboard Hot Country Songs, dando a Aldean o maior sucesso pop de sua carreira”, segundo o site “The Hollywood Reporter”. Válido lembrar do casoKyle Rittenhouse –herói americano –quefoi inocentado das acusações injustas de “manslaughter” (homicídio) atribuídas a ele. Ainda há o mínimo de lei e ordem nos Estados Unidos.
A esquerda não admite o sucesso de conservadores
As acusações de racismo e incitação à violência, “what a surprise”, partiram de Justin Jones, representante democrata do estado americano do Tennesse. Não convenceu:
“Uma nova pesquisa encomendada pela [mídia jornalística] Newsweek mostra que a maioria das pessoas não acredita que o videoclipe seja racista, enquanto uma minoria concorda que a música em si é uma “canção hedionda que apela para a violência racista“, como afirma Jones.
“Em vez disso, os críticos argumentaram que o movimento BLM [é que] não cumpriu os padrões de não violência do movimento pelos direitos civis. [Em vez disso] os protestos inspirados no BLM estavam “destruindo nossas cidades” e argumentaram que ele “não é um movimento de direitos civis“, lê-se em notícia veiculada pelo site The Washington Post, no dia 12 de outubro de 2021. É a herança da Escola de Frankfurt, com uma pitada do Decálogo de Lenin: “Acuse-os do que você faz.”
Segundo o site “Fox5 Atlanta”, veiculada no dia 31 de agosto, “A campanha de Trump postou um vídeo na segunda-feira em que ele agradece a todos por “lhe darem apoio” durante sua recente visita ao condado de Fulton. Trump diz no vídeo que quer agradecer ao povo de Washington Park, Vine City e Bankhead. Todas as três comunidades são historicamente negras. ”Isto demonstra duas coisas: 1. Trump enfrenta uma das maiores caça às bruxas da história da política americana; 2. O cidadão americano de bem –independentemente da cor de sua pele –cansou de ser enganado pela elite democrata. (Falaremos sobre o movimento Blacks for Trump* em outro artigo)
Alertas em formato de filmes, e desabafos em forma de músicas são um lembrete de que nem todos na classe artística estão dispostos a se dobrar às imposições draconianas de uma militância política delirante. Seja qual for o preço a pagar!
O cidadão americano se cansou da cultura woke e toda sua monstruosa perversidade, e busca consumir bens culturais realmente valorosos.
A “cultura pop”, graças a artistas como Mel Gibson, Jim Caviezel, Aaron Lewis e Jason Aldean, vem adquirindo cada vez mais a face da esperança, da ordem, do respeito, da honestidade, da coragem e da verdadeira criatividade artística.
O sucesso de cineastas, atores e músicos conservadores nos lembra de algo do qual não devemos nos esquecer: Não estamos sozinhos, e nossa voz será ouvida!
Referências:
https://thedirect.com/article/sound-of-freedom-box-office-record
https://www.newsweek.com/sound-freedom-boycott-cinema-controversy-1813301