Logo de cara tem-se a primeira impressão sobre o livro apenas pela capa, ou melhor, pelo nome.
O autor, Haroldo Monteiro, nesta obra, aborda a meritocracia de uma forma jamais abordada no Brasil. Aliás, arrisco a dizer que é o primeiro livro dessa temática que a aborda assim.
O autor argumenta que a meritocracia é relativa, tendo em vista que não se trata de todos atingirem os mesmos objetivos e as mesmas posições. O que o autor diz é que cada uma atingirá certos patamares em suas jornadas de vida e que cada um terá uma forma diferente de sucesso. Nem todos ficarão milionários ou bilionários, mas terão uma vida melhor e mais confortável e isso jamais poderá ser considerado como fracasso.
Para chega a essa conclusão, o autor, afirma que o sucesso de cada um, depende de suas escolhas de vida. E, veja, não se trata apenas de decisões profissionais, mas de decisões pessoais. Há vários fatores pessoais, várias decisões, que tomamos diariamente que nos afetarão de formas diversas, e quem sabe, até no impedindo de atingir completamente a meta almejada. Importante ainda notar que a não completude da meta não necessariamente implica em um fracasso, pois se há uma melhora na vida da pessoa, não há fracasso.
Ainda, o autor, define algumas situações as quais não considera como mérito, alguns exemplos: pessoas que nascem ricas ou herdeiros. Dessa forma, não há como atrelar o mérito a riqueza, principalmente a pessoas que nasceram ricas ou herdaram bens ou dinheiro. O mérito aqui estaria na pessoa conseguir melhorar ainda mais a sua condição de vida e não em já nascer rica. Inclusive, essa é uma forma de defender o próprio sistema meritocrático pois atrelar a meritocracia a riqueza é uma forma de descaracterizar o sistema meritocrático.
O livro, com certeza, é uma leitura recomendada para todos que procuram entender mais sobre e meritocracia. A leitura é fácil e fluída, sem os rigorismos acadêmicos.