Durante a idade média, enquanto a Europa vivia nas trevas, com nível civilizatório bem inferior ao do império Romano, nas cidades árabes medievais havia escolas, universidades e bibliotecas. Foram grandes desenvolvedores nas áreas da medicina, da filosofia, da matemática, da geometria e da arquitetura.
Difundiram os algarismos hindus, depois conhecidos como arábicos, os algarismos que hoje são universais, etecetera. Ao se estabelecerem na península Ibérica, os árabes possuíam e desenvolveram uma cultura indiscutivelmente superior à que lá encontraram. Em grande parte herdeira da mesma tradição grega, ou helenística, de que se considerava herdeiro o mundo cristão ocidental, por terem absorvido os ensinamentos dos filósofos nos locais conquistados. O melhor exemplo que trouxeram é a difusão da obra científica e filosófica de Aristóteles e de sua escola.
Córdoba era a cidade mais desenvolvida, rica e culta da Europa ocidental nos séculos XI a XIV. Uma metrópole onde conviviam bem árabes, mouros, judeus e os povos conquistados.
O que leva um povo e cultura tão ricos e importantes gerar nas suas entranhas grupos fundamentalistas tão primitivos e raivosos, cheios de ódio e revanchismo, um comportamento pervertido?
Óbvio que isso é uma minoria. Temos 1.8 Bilhão de islâmicos hoje, com 99.99% de gente descente, trabalhadora e com cultura milenar consolidada.
Tenho a minha teoria de botequim para o tema, sic, que me perdoem os estudiosos.
Jovens pobres, em locais de ambiente violento e sem perspectivas, ressentidos pela falta de condições de melhora aparente, são facilmente recrutados por líderes psicopatas e oportunistas, com uma ideologia ou “causa” que lhes tire dessa situação miserável de impotência, dando-lhes alguma sensação de importância e poder. É o momento de se vingarem do mundo cruel, a que estão expostos.
Essa realidade não está tão distante de nós. Os meninos soldados do tráfico e das facções criminosas, são capturados pelo mesmo gatilho psicológico. Freud explica bem.
Mais uma vez, o ambiente é fundamental para gerar comportamento. Cuidemos do nosso ambiente.
O problema é que não é 99,9%. Basta ver a pesquisa em Gaza em que 62% da população apoiou o ataque do Hamas. Ou ver também que o Hamas foi ELEITO. A Cisjordânia não promove uma eleição há 15 anos pois o Fatah (OLP) sabe que se houver uma, eles perdem, como perderam em Gaza e em seguida foram perseguidos e mortos pelo Hamas. Infelizmente, eu também gostaria de acreditar, mas não é uma minoria radical tão pequena e irrelevante assim. Se fosse, os 52 países muçulmanos e os 12 países árabes teriam se levantado contra o Hamas para acabar com o radicalismo. Pedir que Israel baixe suas armas é fácil. Israel foi atacado e está se defendendo. Por que ninguém pede para o Hamas baixar suas armas? Se isso acontecer, nunca mais uma bala seria disparada de nenhum lado. Desculpe colocar água na sua teoria de botequim, mas são fatos, sem cerveja na mesa.
De qualquer forma, o congratulo por levantar a discussão do tema.
abs
Você pode ter razão parcialmente, mas não devemos generalizar.
Obrigado pela seu comentário que me fará aprofundar mais