Muito se fala a respeito da macroeconomia, de como é a sua dinâmica, suas correntes de pensamento, seus autores, mas, pouco se fala das diferentes correntes de pensamento econômico. Neste artigo será apresentado as principais escolas de pensamento econômico e um breve resumo de cada uma. São elas:
– Clássica
– Neoclássica
– Keynesiana
– Síntese Neoclássica
– Novo-Clássica
– Ciclo Real de Negócios
– Novo-Keynesiana
– Nova Síntese Neoclássica
A escola clássica tinha preocupação com questões como o que se determinava a riqueza das nações, e foi embasada por autores como Adam Smith, Ricardo, Malthus, Say e outros. São considerados clássicos todos os que aceitavam a lei de Say (oferta e demanda iguais).
Na escola neoclássica é onde Marshall desenvolve o modelo de equilíbrio parcial reduzindo a análise ao cálculo do preço de uma mercadoria conhecido o de todas as demais.
Já com os keynesianos, a macroeconomia tem um salto com a publicação da Teoria Geral do Juros, do Emprego e da Moeda, de John Keynes, tendo como principais hipóteses o princípio da demanda efetiva, a rigidez dos salários nominais e a teoria da preferencia pela liquidez, considerando o equilíbrio do mercado monetário como uma função da renda e da taxa nominal de juros.
A síntese neoclássica surge como contraposição à revolução Keynesiana e devido às mudanças nos problemas econômicos (o desemprego e as flutuações perdem espaço para a inflação e o crescimento). A síntese neoclássica acompanhou os livros de graduação até a década de 70.
Já os novo-clássicos surgem no início da década de 70, quando a agenda Keynes chega ao seu final, surgindo as contribuições de Lucas que são as expectativas racionais, que diziam que as decisões macroeconômicas dependem das expectativas dos agentes, contudo, dada a aplicação de políticas econômicas, as expectativas podem mudar.
O ciclo real de negócios, ou RBC, como é conhecida, Tobin (1980) observou que no caso de um modelo com informação perfeita a posição de equilíbrio estará se movendo em função de mudanças nos recursos naturais, tecnologia e também nas preferências. As principais contribuições dessa escola foram de cunho conceitual.
Baseada na premissa de que modelos de market- clearing, como a teoria dos ciclos reais de negócios, não podem explicar as flutuações econômicas de curto prazo, a escola novo-keynesiana surge na metade da década de 90, apresentando microfundamentos para a rigidez de preços e salários, como os custos de menu, salário eficiência e falha de coordenação.
Por fim, a nova síntese neoclássica surge como resultado da pesquisa moderna em macroeconomia. É o modelo econômico utilizado por quase todas as economias do mundo. Ela assume neutralidade da moeda no longo prazo e expectativas racionais, e respeita a máxima de que as regras comportamentais seguidas por todas as famílias e empresas sejam explicitamente derivadas como respostas ótimas aos desafios que esses agentes enfrentam.
Referências Bibliográficas:
Escolas da macroeconomia / Conselho Regional de Economia 1.ed. – Rio de Janeiro: Albatroz, 2015.
GALÍ, Jordi. Monetary policy, inflation, and the business cycle: an introduction to the new Keynesian framework and its applications. Princeton University Press, 2015
MANKIW, N. Gregory; SCARTH, William M. Macroeconomics: Canadian Edition. Macmillan, 2011.
TSOULFIDIS, Lefteris. Competing schools of economic thought. Springer Science & Business Media, 2010.