A verdade é algo muito debatido, alguns afirmam que ela é inalcançável, outros dizem que é uma busca sem sentido, outros afirmam ser ela algo relativo e, finalmente, os mais sensatos vão dizer que a verdade existe ainda que não tenha sido descoberta.
Se a subjetividade fosse capaz de alterar a realidade, então teríamos que a terra teria sido plana por boa parte do tempo de existência da humanidade, tendo em vista que, por muito tempo, a maioria das pessoas acreditavam que a terra era plana.
Além do mais, via de regra, a “verdade” subjetiva é pautada no quantitativo, ou seja, na quantidade de pessoas que acreditam, e não na qualidade da crença. A “verdade” quantitativa é aquela opinião que será verdade por possuir um maior número de adeptos ainda que seja mentira, a veracidade residirá na aceitação pela maioria. Em havendo várias “verdades” subjetivas, que não são nada além de opiniões, ainda que haja outra verdade subjetiva, será tida como verdade aquela com maior número de adeptos. Desta forma, estaremos fadados a relativização da verdade.
Aristóteles já dizia que a maioria, na maior parte das vezes, erra e que há grandes chances de a democracia cair em um despotismo decorrente de um erro desta mesma maioria. Para tanto, como alternativa, defendia uma forma de democracia aristocrática, a qual seria fundada com pessoas de reconhecida capacidade intelectual e grandes virtudes.
Olavo de Carvalho, em seu livro, o Imbecil Coletivo, também apresenta a problemática referente ao que vem acontecendo no Brasil quanto a aceitação da “verdade” quantitativa, onde o bradar das massas tem o poder de tornar a mentira em “verdade”.
Não podemos deixar que “verdades” quantitativas tornem-se verdades absolutas, isso nos levará ao caos e ao emburrecimento. A verdade é objetiva, é única, e não será, jamais, alterada pelo pensamento humano.
A verdade não precisa ser agradável, como diz São Agostinho. A verdade é algo bom e correto do qual não podemos e nem devemos nos furtar, acredito que este grande mestre tenha com perfeita exatidão demonstrado a necessidade de levarmos em conta a verdade e que fatos e opiniões não moldam a realidade.