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A verdade é algo muito debatido, alguns afirmam que ela é inalcançável, outros dizem que é uma busca sem sentido, outros afirmam ser ela algo relativo e, finalmente, os mais sensatos vão dizer que a verdade existe ainda que não tenha sido descoberta.
Se a subjetividade fosse capaz de alterar a realidade, então teríamos que a terra teria sido plana por boa parte do tempo de existência da humanidade, tendo em vista que, por muito tempo, a maioria das pessoas acreditavam que a terra era plana.
Além do mais, via de regra, a “verdade” subjetiva é pautada no quantitativo, na quantidade de pessoas que acreditam e não na qualidade da crença. A “verdade” quantitativa é aquela que será verdade por possuir um maior número de adeptos ainda que seja mentira, a veracidade residirá na aceitação pela maioria. Mesmo que haja outra verdade subjetiva, a que será aceita será aquela com maior número de adeptos, estaremos fadados a relativização da verdade.
A nossa realidade demonstra que boa parte das verdades qualitativas são defendidas pela minoria. A maioria escolheu Barrabás, a maioria escolheu Hitler, a maioria escolheu Hugo Chávez, a maioria escolheu o atual presidente do Brasil.
Aristóteles já dizia que a maioria, na maior parte das vezes, erra e que há grandes chances de a democracia cair em um despotismo decorrente de um erro da maioria. Para tanto, defendia uma forma de democracia aristocrática, a qual seria fundada com pessoas de reconhecida capacidade intelectual e grandes virtudes.
Olavo de Carvalho, em seu livro, o Imbecil Coletivo, também apresenta a problemática referente ao que vem acontecendo no Brasil quanto a aceitação da “verdade” quantitativa, onde o bradar das massas tem o poder de tornar a mentira em “verdade”.
Não podemos deixar que “verdades” quantitativas tornem-se a verdade objetiva, isso nos levará ao caos e ao emburrecimento.
A verdade não precisa ser agradável, São Agostinho, a verdade é algo bom e correto do qual não podemos e nem devemos nos furtar, acredito que este grande mestre tenha com perfeita exatidão demonstrado a necessidade de levarmos em conta a verdade e que fatos e opiniões não moldam a realidade.