É um fato muito interessante de que apenas países pobres sejam subjugados por governos controladores, totalitários e ditatoriais. Isso não quer dizer que países ricos também não sofram com políticos assim, mas que possuem um escudo poderoso, a liberdade econômica.
A diferença é que, se um país rico – entenda-se rico como superior a miséria, é um patamar realmente baixo, por este motivo é que países dominados necessitam de miséria – cair nas mãos de um governo assim, terá a liberdade econômica e o capital acumulado como uma forma de proteção contra a dominação, protegendo a liberdade individual ou pelo menos o poder de agir.
O dinheiro dá a possibilidade, ou melhor, o poder de o indivíduo não ser totalmente dominado pelo estado/governo. Tal fato ocorre porque, ainda que, os preços subam, impostos sejam majorados e a inflação aumente, o indivíduo, poderá ter acesso a bens, produtos e serviços essenciais sem cair nas garras do estado “provedor”.
A partir do momento que quase toda a nação, senão toda, necessitar de alguma benesse estatal para conseguir algo, principalmente aquilo que for essencial a subsistência, esta nação não terá outro destino senão a servidão para com o estado.
A incapacidade do indivíduo de gerenciar sua própria vida, dá o poder de atuação para o estado. Muitos ao atingirem esta condição apelam para que o próprio estado lhes forneça o necessário. O estado causa a necessidade e depois é o único que poderá amenizá-la.
O modus operandi é muito claro, inicia-se através de políticas que supostamente deveriam proteger a massa dos poderes do capital, dando a massa, por via democrática, o poder de acabar com a liberdade do indivíduo buscar empreender, gerar riquezas, para o seu próprio proveito, e que ao mesmo tempo, alude beneficiar a sociedade. Entretanto, o sentimento de inveja é mais forte do que qualquer benefício que a riqueza alheia pode proporcionar a uma gama de outros indivíduos.
Veja, praticamente tudo, muita das vezes, é feito não apenas com o consentimento das massas, mas pela sua vontade levando o país a miséria decorrente de ações que as massas, norteadas pela sua inveja e um sentido superior de moral, acredita estar agindo bem, portanto, sem ressentimento e limites para suas ações, já que visam um bem maior.
Após toda a retirada da liberdade individual em se autoprover, o que restará será uma massa pedindo ao estado que forneça seu sustento. O absurdo neste ponto é tão grande que a existência do indivíduo fica subordinada a discricionariedade do estado. O estado decidirá quem come e quem passa fome, que vive e quem morre.
Não será necessária a utilização de força física para dizimar ou coagir a sociedade, esta obedecerá a tudo, pois caso não o faça ficará sem ter como garantir sua existência. O indivíduo tornar-se-á mero objeto do estado e fará tudo aquilo que lhe for solicitado – exatamente, solicitado, não será necessário nem uma ordem, pois que o indivíduo que não cumprir o que foi requisitado não poderá nem se alimentar -. E a pior situação é, talvez, o conhecimento de que não há outro modo de garantir sua existência senão aquela provida pelo estado.
A intenção do estado em regular a atividade econômica não é por uma causa supostamente nobre, visando evitar abuso entre indivíduos, se é que podemos falar em abuso entre indivíduos em um âmbito de livre mercado, exceto em raríssimas exceções as quais possuem condições de viabilidade extremamente pontuais. A intenção é minar e acabar com a possibilidade que o indivíduo possui de gerenciar sua própria vida.
Por esta razão, não se vê países ricos sendo dominados. A pobreza é um requisito essencial, talvez o mais importante, para a dominação, pois que com a pobreza o estado pode arrogar para si o papel de gestor da sociedade. Exatamente por este motivo, é que se combate a desigualdade e não a pobreza, pois que a intenção do estado não é dar liberdade aos indivíduos, mas, sim, torná-los dependentes.
O papel do estado há muito foi desvirtuado, possou de garantidor para provedor, sua esfera de ação modificou-se da negativa para a positiva. A coerção que antes era utilizada apenas para evitar ações ruins dos indivíduos agora é utilizada para que os indivíduos hajam dentro dos parâmetros delimitados pelo estado.
Tudo isso se dá, em grande medida, pela retirada da liberdade econômica, fazendo com que o indivíduo tenha de pedir permissão para poder agir.
Sendo assim, o fato de países ricos não serem dominados tem por fundamento a capacidade que o indivíduo tem de conseguir prover suas necessidades, algo que não se encontra quando o país está em situação de miséria.