![comunista triste](https://i0.wp.com/sabervirtuoso.com.br/wp-content/uploads/2024/02/fb33d8a1-eaf5-4d48-8aac-3d13efb41eec.webp?fit=1024%2C1024&ssl=1)
Igualdade no mercado é utopia. Seria muito romântico acreditar que haverá progresso buscando equidade entre funções. Somos diferentes uns dos outros independente do sexo, crenças e raças. Possuímos capacidades individuais. Cada um nasce com facilidade para desenvolver algo que contribua para o avanço da sociedade. O ser humano tem a liberdade de escolha e capacidade de desenvolver seu próprio trabalho.
É a partir da cooperação que uma sociedade evolui no mercado e nas relações interpessoais. A economia se desenvolve com a cooperação, com o relacionamento humano e com a barganha. Eu ofereço alguma coisa a fim de receber algo em troca.
Podemos voltar no tempo e citar o escambo, como exemplo. Não há uma data exata de quando surgiu, mas o escambo era uma transação comercial na antiguidade sem a utilização de moedas. O escambo antecedeu as transações comerciais e o mercado monetário.
A base dessas negociações era a troca por algo que atendesse aos interesses de ambas as partes. Um lado poderia ter a facilidade de produzir algo esperando que o outro povo tivesse mercadoria diferente em abundância.
Logo observamos a importância da divisão do trabalho para a prosperidade e desenvolvimento da comunidade.
Por outro lado, na contramão do progresso, Karl Marx cria o termo homem total. O homem total, segundo Marx, é aquele que não é podado, não precisa ter habilidade específica. Para ele, o capitalismo limita o homem, ou seja, o homem pode ser multifuncional. Evidente que nós somos seres dotados de inteligência e podemos desenvolver várias aptidões. Essa desenvoltura de criar é o que nos diferencia do resto dos animais.
Porém, não é isso que Marx quer expressar, pois ele era contra a divisão de classes e apontava problemas entre o operário mais qualificado do outro menos favorecido. Ele acreditava que o salário do funcionário equivale a quantidade de trabalho que precisa para sustentar a família. Apenas isso. Não há incentivo ou meritocracia.
Diante disso, vale lembrar que Karl Marx não tinha estudo e fazia críticas ao capitalismo de acordo com lhe combinava. Marx passou por muita dificuldade financeira e vivia em condições precárias, devido nunca ter uma carreira estável e bem remunerada. Ele também passou por problemas de saúde e recebia cuidados da sua esposa e filhas.
O conflito familiar foi marcante na vida do militante. Em 1883, uma das suas filhas escreveu uma carta e o acusou de negligenciar a família por causa do envolvimento político e de nunciou a maneira como ele as tratava.
A partir da declaração da filha, podemos ter a ideia desse tratamento, uma vez que uma das teorias de Marx é contra a família. Para ele a família é uma instituição que precisa ser extinta junto com a propriedade privada. A destruição da família contribui para que a classe trabalhadora cresça.
O matrimônio incentiva o indivíduo a investir em propriedade privada, pois assim consegue dar conforto e segurança à família. Junto do casamento vem o anseio de adquirir mais patrimônios e deixar legado aos filhos. Isso só aumentaria a desigualdade social. Para ele, família era um jeito da classe dominante controlar a sociedade e manter a sustentação de opressão nas mulheres.
Karl Marx possuía um grande cinismo. O que ele entende de mulheres sendo que na prática, não conseguia manter relacionamento saudável com suas filhas? Concluo que o objetivo de Marx era ser sustentado pela sua esposa e filhas e tirar a responsabilidade de exercer a posição de patriarca.
Outro fato interessante, e ao mesmo tempo contraditório, era quando Marx afirmava que o casamento era uma divisão de classes. A mulher ficava em casa cuidado dos filhos e o homem era provedor. E isso afastava a mulher da vida social e da luta política. Karl passou boa parte da sua vida doente e necessitava dos cuidados da sua esposa e filhas. Eles moraram em vários lugares devido à falta de competência de Marx e procuravam melhores condições de vida. Se não fosse essa diferença de função, Marx não teria quem o ajudasse durante a enfermidade.
Uma coisa temos que admitir era o dom de persuasão que esse senhor tinha de iludir pessoas desprovidas de inteligência. Um homem sem estudo, que não tinha capacitação e nem remuneração digna, tinha a necessidade de morar em várias cidades para tentar um trabalho com salário melhor, tratava mal sua esposa e filhas e, mesmo assim, conseguiu iludir sobre o modelo ideal de sociedade sem diferenças de classes.
Atualmente, colhemos os frutos desse pensamento. Infelizmente, há vários movimentos que pregam a igualdade e se sentem ofendidos quando uma atitude é contrária ao pensamento deles. E ao mesmo tempo que gritam, “viva as diferenças” (quando se trata de ir a favor dos seus ideais), buscam por igualdade no que lhes convém.
A liberdade econômica dá chances para a criação e oportunidade de escolhas. Não faz sentido ser obrigado a nascer, crescer e morrer nas mesmas condições. Além de não proporcionar evolução, afeta o psicológico do indivíduo e doenças mentais podem se desenvolver devido à falta de emprego, dinheiro, saúde e dignidade. Devemos ter em mente que o ser humano passa por diversas mudanças no decorrer da vida, o que faz ter a necessidade de procurar sempre o melhor para si. Isto é, o que me agradava ontem, não combina comigo hoje, o futuro é incerto e o indivíduo pode trilhar à sua maneira e tem o direito de recomeçar sempre.
Toda essa teoria igualitária não funciona na prática. É fantasiosa e muito romântica. Desconfie de quem vende sonhos.
BIBLIOGRAFIA
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HAYEK, Friedrich A. Os erros fatais do socialismo; tradução Eduardo Levy. Barueri, SP, 2017.
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Rabisco da História. A família na visão marxista: uma análise crítica. Disponível em A Família na Visão Marxista: Uma Análise Crítica (rabiscodahistoria.com). Acesso em 21 fev 2024