O Iran e Israel têm estado envolvidos num prolongado conflito por procuração desde 1985, moldando a paisagem geopolítica do Oriente Médio. Ambos prestam apoio a facções opostas na Síria e no Iémen. Na Síria, o Iran apoiou o governo sírio, enquanto Israel apoiou grupos da oposição. No Iémen, o Iran apoiou os rebeldes Houthis, enquanto Israel ajudou a coligação liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes. Mas no fundo quem está colocando energia, ajuda de inteligência e fogo nesse parquinho é o camarada Putim. Ele tem sistematicamente ajudado ao chamado eixo do mal, liderado pelo Iran, para minar a influência ocidental na região. Usa também seu time de inteligência para criar uma narrativa na esquerda Norte-Americana anti-Israel, sobre a guerra de Gaza contra o Hamas, buscando levar a opinião pública a pressionar o governo estadunidense a criticar o aliado e a interromper a ajuda.
Por trás desse discurso humanitário se esconde a real estratégia de enfraquecer a OTAN nesta região estratégica do petróleo enquanto o pau quebra na Ucrânia. Desde o tempo dos Czares que os russos sacrificam o próprio povo para ganhar uma guerra, que dirá dos procuradores e aliados.
Outro fato também é que já há uma percepção que próximos governos democratas nos USA podem a não mais apoiar incondicionalmente Israel, fato ligado à imigração islâmica crescente e ao pensamento de esquerda. Isso tende a tornar sua sobrevivência crítica. O Eixo Eurasiano Rússia-China observa e conspira para a queda do poderio Americano e Ocidental, minado por dentro e atacado por fora. Pois é, nos últimos 30 anos o ocidente ficou mais preocupado com as agendas progressistas do tipo ONU 2030, enquanto os oponentes vão criando musculatura e afiando os dentes.
Os próximos capítulos poderão ser bem duros.