“Influência do grupo Lemann no MEC constrange aliados do governo Lula.”
Este foi o headline da notícia veiculada pelo site “Política Livre”, no dia 25 de setembro. “A Mega Edu, ONG financiada por Lemann, opina sobre conexão de escolas públicas à internet. Também participa de conselho do Ministério das Comunicações que define parte dos cerca de R$ 6,6 bilhões que serão destinados para a conectividade de estudantes“, lê-se ainda no supramencionado site. (https://politicalivre.com.br/2023/09/influencia-do-grupo-lemann-no-mec-constrange-aliados-do-governo-lula/#gsc.tab=0)
A colaboração de Lula e do PT com Bilionários lobistas não é algo inaudito em suas administrações. O caso da JBS é um exemplo bastante nítido. Como pontua Luiz Philippe de Orleans e Bragança no livro “Por Que o Brasil É Um País Atrasado” (2017), “Quando se fala em soberania, esquecemos das famílias, das comunidades e dos municípios onde realmente vivemos. Somos afetados diretamente pela falta de representatividade de um modelo centralista e concentrador de poder que comanda nossas leis e recursos tributários“, o que conduz ao protecionismo, ao oligarquismo e ao despotismo político.
“Esse Lemann era vendido como o suprassumo do empresário bem-sucedido. Era o cara que financiava jovens para estudarem em Harvard para formar um novo governo. Falava contra a corrupção todo dia. E depois comete uma fraude que pode chegar a R$ 40 bi”, disse o petista em entrevista para a RedeTV. “Vai acontecer o que aconteceu com o Eike Batista. As pessoas vendem uma ideia de que elas não são, na verdade”. Estas foram as palavras que Lula vendeu a seu eleitorado “anti acúmulo de capital” sobre Lemann. Na prática, sua postura tem sido outra. O que os desagradou profundamente.
As reivindicações de sub-grupos da militância esquerdista brasileira demonstram, em detrimento de alguns erros técnicos de análise e da não contextualização dos objetivos ideológicos implícitos, a estratégia de Lula: “Os ‘grandes capitalistas’ recorrem ao Estado para que, por meio de parcerias e aprovação de leis, possam se apropriar de verbas públicas que deveriam ser investidas no bem-estar da população. Foi assim que a Todos Pela Educação (TPE), ONG que tem a Fundação Lemann como uma de suas mantenedoras, se consagrou como influência nas políticas públicas de educação. A Fundação Lemann atuou fortemente, desde 2013, para a construção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).” (https://lutapelosocialismo.org.br/2572/lemann-e-a-reforma-empresarial-da-educacao)
Como cita Flávio Morgenstern, “Quase toda a agenda educacional do país está nas mãos de tais entidades, cujas decisões não são referendadas pela população. Essa burocracia que atua definindo os rumos da nação por serem “especialistas”, sem o escrutínio da apresentação de seus projetos para serem chancelados pelo voto, são o que chamamos de “globalismo”. A Fundação Lemann é o grande player da educação globalista no país. Desde 1980, quando os países tiveram sua livre decisão sobre educação diminuída, e em seu lugar entrou o poderio econômico do Banco Mundial, a educação sofreu um turning point: se antes era determinada por diversas entidades em concorrência, geralmente tendo como elite educacional instituições como a Igreja ou o Exército, as bases locais foram trocadas pela burocracia da UNESCO.” (Para uma análise mais ampla do impacto negativo da UNESCO na Educação, veja https://sabervirtuoso.com.br/educacao-de-castas/)
Ou seja, a Fundação Lemann sempre disseminou a máxima de que todos os problemas sociais do Brasil devem ser resolvidos por meio do aparato estatal, porém, não dentro do escopo do
marxismo clássico -divisão do capital entre as classes populares -mas por meio da captação de verdadeiras fábulas por suas ONGs, aí imbuídas da “sacrossanta” missão de “modernizar” e “otimizar” o ensino público brasileiro. Está funcionando! Para eles. Para a clientela de jovens e crianças, basta analisar os resultados dos alunos brasileiros nos principais exames educacionais internacionais.
É o que disse John Taylor Gatto(1935 – 2018)no livro “Armas de Instrução em Massa“, “O primeiro comissário nacional de educação dos Estados Unidos, o eminente estudioso hegeliano William Torrey Harris, disse em um longo ensaio de 1906 intitulado “A Filosofia da Educação”, que um dos principais objetivos da nova educação institucional era ensinar a autoalienação (nos interesses do Estado e das grandes corporações).”E ainda há aqueles que ousam dizer tratar-se de “teorias da conspiração” a utilização da educação pública para dominação política.
“Acho que é hora de encarar uma verdade básica: economias altamente centralizadas de produção em massa assumem o caráter de oligarquias, não podem permitir que os processos naturais do capitalismo não sejam regulamentados“, prossegue Gatto. É a educação como mantenedora da inépcia. Na União Soviética, o controle sobre o indivíduo e sua liberdade intelectual era físico; hoje, é mental. Afinal de contas, qual é a melhor forma de evitar a competição do que privando os outros contendores do que não lhes ensinar as “regras do jogo”?
“Para atrair a opinião pública para essa transformação utópica, um estado patológico da juventude, até então não reconhecido pela história, foi concebido por G. Stanley Hall, da Universidade Johns Hopkins. Ele o chamou de adolescência e apresentou a condição em um enorme estudo de dois volumes com esse nome, publicado em 1904. Treinado na Prússia como psicólogo comportamental como o primeiro assistente do psicólogo comportamental Wilhelm Wundt, Hall (imensamente influente nos círculos escolares na época) foi o primeiro a se tornar um psicólogo influente nos círculos escolares no início do século XX) identificou a adolescência como um estado perigosamente irracional do crescimento humano que exigia controles psicológicos inculcados por meio da escolarização. Como mentor de John Dewey na Hopkins, de inspiração alemã, a invenção de Hall parecia justificar a extensão escolarização estatal.”
Sabe-se que os filhos dos ricos empresários jamais foram tratados como os demais adolescentes. Estes receberam educação de elite para manterem o legado e a fortuna de seus antepassados, enquanto o “adolescente comum” precisa ser “educado” pelas normas de “escolarização” do Estado.
Sabe-se qual é o teor ideológico dos concursos públicos (ver “Crítica Bibliográfica – Preconceito Linguístico) da educação brasileira hoje -tanto para lecionar em instituições de ensino fundamental, médio e superior): “Conhecimento” sobre pautas ideológicas como “racismo, feminismo, luta de classes, linguagem neutra, lugar de fala” ou qualquer outra porcaria inútil para o mercado de trabalho, mas altamente eficientes para a “socialização”. E se você reclamar, chamar-lhe-ão (se é que sabem utilizar uma mesóclise) de “fasciste.”Qualquer espécie de inteligência individual aí é soterrada, em nome do “senso de adequação” e “pertencimento” às normas comportamentais impostas pelo Estado. Aprender algo útil? Privilégio dos ricos.
“Da mesma forma, homens como seres racionais podem chegar às mesmas conclusões, uma vez que se livrem de seus [antigos] interesses e paixões, e deixem de depender de padrões “imaginários” que lhes obscurecem a capacidade de julgamento”, escreveu J.L. Talmon no livro “The Origin of Totalitarian Democracy.” A educação autodidata hoje parece ser a única válvula de escape dos tentáculos da UNESCO, e a única forma de educação verdadeiramente eficaz e livre de propósitos políticos.
Mas na hierarquia educacional do Estado, a sociedade civil -majoritariamente conservadora -é aí reduzida à mera cobaia de políticas públicas que visam a ascensão de grupos metacapitalistas atrelados à Esquerda globalista, assim como foi inevitável mesmo nos primeiros protótipos político-ideológicos de cunho revolucionário ascendentes ao poder na Rússia há mais de um século, onde Lênin oferecia terras confiscadas de produtores agrícolas para pequenos camponeses, para depois lhes tomar toda a produção por meio de força policial.
O “debate interno” do Partido Comunista, no entanto, não é algo “recente”.
Robert Service, historiador, acadêmico e autor britânico, nos mostra, no livro “Camaradas -Uma História do Comunismo Mundial“, as similaridades entre os debates internos da Esquerda brasileira contemporânea, e toda a discussão acerca da teorização embrionária do que viria a resultar na ascensão ao poder de dois dos mais sangrentos líderes totalitários em toda a história da humanidade: Vladimir Lênin (1870 –1924) e Josef Stalin (1878 –1953).
Calcado na crença de que é necessária a existência de um “partido de vanguarda”, composto por revolucionários “profissionais” (treinados em guerrilha revolucionária), para conduzir as massas a uma subversão violenta das estruturas de poder capitalistas, Lênin inicialmente argumentava que a revolução do proletariado seria a única forma de se estabelecer o poder.
Karl Kautsky (1854 –1938), no entanto, pregava uma reforma gradual e evolucionária para o sistema socialista, por meio de colaboração com o aparato político vigente e utilização da democracia parlamentarista para atingir tais objetivos, incluindo a ênfase na organização social, econômica e educacional. Soa “familiar.”
“Às vezes, os partidos socialistas alimentavam a retórica da revolução, mas, na realidade, havia entre seus líderes e as classes dominantes um conluio de forças cada vez maior. […] O povo -os trabalhadores, os camponeses pobres e os recrutas militares -em cujo nome a Revolução de Outubro* havia sido realizada, era tratado como simples meio empregável em quaisquer tarefas ou trabalhos que a liderança central do partido determinasse.” Deveras “familiar”.
Ludwig Von Mises (1881 –1973), no livro “Socialism: An Economic and Sociological Analysis“, nota que a implantação da NEP –New Economic Policy, série de modificações estruturais da administração de Lênin na economia -foi uma forma indireta de admitir a estratégia econômica marxista ortodoxa como impraticável. A NEP, que parcialmente reintroduziu agentes de mercado, mas manteve controle estatal centralizado, foi vista por Mises como outro erro–o único materialmente possível -pois não enfatizava a importância das liberdades individuais, dos direitos à propriedade privada, e das estruturas de prosperidade provenientes de uma economia de livre mercado.
“Contudo, os trabalhadores se perguntavam como era possível conciliar esse estado de coisas com o marxismo-leninismo, já que o objetivo dos revolucionários fora tornar a URSS um “Estado proletário”, e não um covil de parasitas. O sistema político estava infestado de práticas de apadrinhamento e favoritismo. “De lá pra cá o modus operandi das esquerdas não parece ter se alterado significativamente.
Quaisquer similaridades entre as reclamações do proletariado soviético da década de 1920, e a militância Petista do website lutapelosocialismo.org.br são similares demais para serem apenas “mera coincidência.”
No que a NEP eventualmente resultou
Quando Stalin assume o poder, após a morte de Lênin, em 21 de janeiro de 1924, as diretrizes da NEP tomaram rumos muito mais extremos.
Com sua rápida industrialização e coletivização da economia soviética centralizada no Estado, o “Homem de Aço” (como ficou conhecido) Joseph Stalin revogou tanto os tratados de cooperação entre micro e pequenos empresários e as frentes governamentais – modelo oligárquico utilizado por Lênin- bem como a redistribuição de renda entre órgãos da sociedade organizada do proletariado, tornando a União Soviética um regime de repressão, propaganda ultra-nacionalista (Culto à Personalidade), perseguição policial, exploração da sociedade civil, trabalho análogo à escravidão, fome e terror, onde apenas a elite econômica, artistas, intelectuais e membros do Partido obtinham acesso a uma subsistência digna.
“Foi exclusivamente culpa de Stalin que uma burocracia absolutista e irresponsável tornou-se suprema, que uma classe de [ainda mais] privilegiados oligarcas desfrutaram do luxo enquanto as massas viviam às margens da inanição, que um regime terrorista executou a velha guarda de revolucionários e condenou milhões ao trabalho escravo em campos de concentração (Gulags), que a polícia secreta era onipotente, e que os sindicatos tornaram-se impotentes, e as massas perderam todos os direitos e liberdades“, escreveu Ludwig Von Mises no supramencionado livro.
“Stalin e seus porta-vozes se empenhavam em salientar que a exploração do homem pelo homem havia sido extinta na URSS. Pintavam os direitos dos cidadãos soviéticos com as cores mais agradáveis possíveis. Segundo eles, a constituição garantia a liberdade de expressão e de culto, uma imprensa livre, direito de reunião e realização de passeatas. Os cidadãos tinham assegurados também o direito a emprego (numa época em que as outras economias globais haviam sido atingidas pela Grande Depressão), a ‘educação’, a descanso remunerado e ao lazer.”
Na teoria, algo belíssimo, dotado de inenarrável respeito aos mais prosaicos direitos humanos do povo soviético. Na prática? As coisas não foram bem assim.
● O “Direito ao Trabalho” era determinado pelo Partido. As pessoas “conseguiam empregos” baseados nas necessidades da economia planejada ao invés de em suas escolhas pessoais.
● A “educação” Stalinista era calcada nos interesses do Partido, e qualquer espécie de liberdade intelectual era violentamente reprimida. A doutrinação ideológica era extrema, e a educação era apenas uma ferramenta político-ideológica.
● Descanso Remunerado e Lazer: Formas de lazer que não estivessem em direta concordância às “diretrizes do Partido” eram “desencorajadas.”
“Esse é o socialismo na forma do estamento burocrático cujos capitães foram muito eficientes em inverter a função do Estado liberal por meio do exagero de sua função protetora de direitos, a fim de que comandassem cada vez mais os meios de produção privados e se perpetuassem no poder. Especificamente no Brasil, que começou a implementar um Estado nos moldes socialistas a partir de 1934, notamos como a defesa de novos “direitos adquiridos” –como à saúde, ao emprego, à moradia, à alimentação, à educação, ao trabalho, à maternidade, à greve, ao repouso, à assistência social, ao lazer, aos sindicatos etc. –ajudou a criar inúmeros tributos para custear novos ministérios, autarquias e departamentos de Estado. […] Logo, tudo que não fosse permitido, tornou-se proibido. O Estado assumindo para si a obrigação de garantir todos os direitos possíveis e inimagináveis da sociedade limitou a sociedade a uma entidade pagadora de impostos.”
A análise de Luiz Philippe sobre a herança maldita do Stalinismo na política brasileira é irrefutavelmente certeira. Tudo devidamente realizado pelas esquerdas em nome dos “direitos humanos” e da “justiça social.”
“Mas não é isso o que o sistema brasileiro criou? De modo algum. Há tantas atribuições auferidas ao Estado brasileiro na Constituição de 1988 que as premissas fundamentais se perderam. Quando cabe ao Estado defender direitos trabalhistas, de moradia, de saúde, de educação, de emprego, de transporte público, de lazer etc., fica difícil cumprir a contento a sua função básica.”
“O processo que começa com busca de privilégios, facilidades e perpetuação no poder termina em cleptocracia e plutocracia. “E a história demonstra que tal percepção é antes uma regra, e não apenas exceção.
Como observa a escritora e editora neozelandesa do jornal The Washington Post, Anna Fifield, o regime político que hoje mais se aproxima do horror Stalinista, é o do ditador Kim Jong Un. Abordaremos o livro “The Great Successor: The Divinely Perfect Destiny of Brilliant Comrade Kim Jong Un” em outro artigo.
“Adam Smith observa que em toda sociedade coexistem dois sistemas morais: um, rigidamente conservador, para os pobres; outro, flexível e permissivo, para os ricos e elegantes“, escreveu Olavo de Carvalho (1947 – 2022) em artigo publicado no Diário do Comércio, em 11 de junho de 2007. A história nos mostra que Adam Smith (1723 -1790) acertou precisamente, ao prever com pelo menos um século de antecedência o comportamento de revolucionários totalitaristas insanos como Lênin e Stalin, bem como de líderes socialistas oportunistas, como Lula.
É óbvio que Lula -mais uma vez -não se comporta como o estatista que sua base eleitoral de inclinações mais “bolcheviques” antecipava, mas apenas como um peão nas mãos dos verdadeiros “donos do poder”, que cada vez mais buscam a obtenção do oligopólio econômico do país, e o monopólio sobre a educação, receita perfeita para garantir a subserviência política das futuras gerações -pauta igualmente desejada pelos idealizadores do blog “luta pelo socialismo”. O discurso para as massas é um; o governo em si, é outro. Nada novo no front.
O que é verdadeiramente eficiente?
O ano de 2023 marca o aniversário de 40 anos de um dos mais audaciosos e inteligentes programas de reforma educacional dos últimos séculos: “A Nation at Risk: The Imperative for Educational Reform.” **
Calcado nos mesmos preceitos descentralizadores hoje defendidos pelo Deputado Federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança no Brasil, o icônico Presidente Norte-Americano Ronald Reagan(1911 -2004), ao assumir a presidência dos Estados Unidos da América em 1981 -indo na contramão das políticas impositivas da UNESCO -buscou reduzir o papel da administração Federal na Educação, limitar a influência do Departamento de Educação (simbolicamente, nosso MEC atrelado à UNESCO) e advogou à favor do remanejamento do controle das políticas educacionais a Estados e Municípios, atento à importância da participação das comunidades locais e dos pais e responsáveis na formatação de prioridades educacionais.
Segundo o site “The Hechinger Report” “A Nation at Risk“*, [programa de reformas educacionais] encomendado pelo governo Reagan em 1981, “foi uma avaliação contundente da educação pública. Seus autores -uma comissão federal de líderes governamentais, empresariais e educacionais -passaram dois anos examinando as escolas americanas e ficaram chocados com o que encontraram. As pontuações dos testes padronizados estavam caindo. Os Estados Unidos estavam ficando atrás de concorrentes como o Japão. O sistema de educação pública era tão ruim que, além de os alunos dos EUA não estarem preparados para ingressar em uma força de trabalho cada vez mais high-tech, 23 milhões de americanos eram analfabetos funcionais. O pior de tudo, concluiu o relatório, é que os americanos eram complacentes com o desmoronamento de suas escolas, ameaçando o próprio “tecido da sociedade“.” (O Brasil de hoje é muito pior do que qualquer integrante da UNESCO jamais sonhou. Esta briga, infelizmente, eles ainda estão vencendo por aqui.)
O programa originalmente nasceu com a prerrogativa de “definir os problemas que afligem a educação Americana e encontrar soluções, não procurar bodes expiatórios. [E oferecer] um relatório livre de partidarismo político“, como reportado pelo Presidente da Comissão em Excelência Educacional da Administração Reagan, David Pierpont Gardner. (A Nation at Risk -Pg. 2)
Nota-se a diferença primordial entre as obtusas e infrutíferas discussões da Esquerda brasileira, e da cúpula educacional do governo Reagan: A esquerda debate acerca de propósitos escusos de instrumentalização da educação para dominação político-ideológica e partidária, enquanto os conservadores debatem resultados imediatos para a sociedade civil.
“O programa (de reformas educacionais) implementado pelo Presidente [Reagan] tornaram a educação uma alta prioridade nacional, e avançaram reformas educacionais de longo alcance. Incluídas estavam exigências por padrões mais elevados, responsabilidade, pagamento meritocrático aos professores e diretores, escolhas dos pais e responsáveis, e a instalação de valores morais.”(The Reagan Administration: Promises Made Promises Kept, Pg. 19)
Valores morais. Eis aí o PIOR PESADELO da Esquerda mundial.
“Os professores devem ser pagos e promovidos com base em seu mérito e competência. Os valiosos dólares coletados em impostos devem encorajar o melhor. Eles (esquerda) não podem recompensar a incompetência e a mediocridade.” -Ronald Reagan, 21 de maio de 1983, comentários em Universidade Seton Hall.
“A Administração Reagan reconheceu que se o assistencialismo público deve ajudar os pobres hoje, a educação deve prevenir a pobreza amanhã.” (The Reagan Administration: Promises Made Promises Kept. Pg. 18).
O que a Esquerda tupiniquim faria sem uma classe de pessoas economicamente vulnerável para prometer a redistribuição de renda (como pontuado pelos próprios militantes do lutapelosocialismo.org), para depois entregar a verba bilionária nas mãos -mais uma vez! -de um bilionário?
Como também lemos no supramencionado website, o programa “Nation at Risk” foi mantido pela administração do Democrata Barack Obama, que – mesmo contra seus próprios preceitos governamentais – reconheceu suas fundamentações como “intrinsecamente necessárias à qualidade da educação Americana“. O programa ainda hoje é utilizado em mais de 40 estados Americanos, tornando-se referência mundial, e um dos principais responsáveis pela manutenção da tão característica estabilidade da economia Americana, capaz de resistir a guerras e pandemias sem impactos expressivos como ocorre em países subdesenvolvidos, ou mesmo emergentes, como o Brasil.
“A excelência caracteriza uma escola ou faculdade que estabelece altas expectativas e metas para todos os alunos e, em seguida, tenta de todas as formas possíveis ajudar os alunos a alcançá-las.” (A Nation at Risk -Pg. 14)
Excelência, ipsis litteris, significa pautas ideológicas para a formação de militantes cuja única função social será manter a mesma elite “democrática” no poder? Penso que não.
Acusam os conservadores de “opressores“, mas são exatamente reformas como a “Nation at Risk” que nasceram como uma resposta à opressão da elite política esquerdista contra os jovens americanos.
É exatamente programas como este que visionários como o Deputado Federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança e o empresário Stavros Xanthopoylos – ambos verdadeiramente engajados no combate ao totalitarismo político em todas as suas esferas – buscam implantar como modelo político-educacional no Brasil: Um sistema muito similar ao realizado pelo emblemático “Mr. President” Ronald Reagan nos EUA. Descentralizado, verdadeiramente democrático, que valoriza o dinheiro do contribuinte, recompensa o mérito e rechaça a corrupção, a ineficiência, as velhas oligarquias e as armadilhas ideológicas contraproducentes.
Que o povo brasileiro saiba reconhecer -e valorizar -o trabalho destemido destes que buscam, em detrimento de ganhos pessoais -manter vivo o legado de um dos líderes conservadores mais importantes da história da humanidade, e oferecer ao povo brasileiro a mesma Educação de Excelência promovida na América.
Para uma análise mais ampla da Administração Reagan, seja membro da plataforma Saber Virtuoso!
* Tomada do poder por Vladimir Lênin e os Bolcheviques
** “Uma Nação em Risco: O Imperativo para Reforma Educacional.”
Referências:
BRAGANÇA, Luiz Philippe de Orleans e. Por Que o Brasil É Um País Atrasado. Ribeirão Preto: Novo Conceito Editora, 2017. (Pgs. 133, 219, 221, 230, 231)
SERVICE, Robert. Camaradas. Rio de Janeiro: DIFEL, 2015. (Pgs. 66, 81, 95,125, 128, 178, 182, 211)
MISES, Ludwig von. Socialism: An Economic and Sociological Analysis. New Haven: Yale University Press, 1951. (Pg.442)
GATTO, John Taylor. Weapons of Mass Instruction. Gabriola Island: New Society Publishers, 2009. (Pgs. 42, 43)
TALMON, J.L. The Origins of Totalitarian Democracy.London: Mercury Books, 1919. (Pg. 43)
A Nation at Risk: The Imperative for Educational Reform A Report to the Nation and the Secretary of Education United States Department of Education by The National Commission on Excellence in Education April 1983
REAGAN, The Administration. Promises Made Promises Kept. Washington, D.C: The White House of Public Affairs, 1988.