O Governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos – SP) foi pauta nas manchetes dos principais canais de mídia no último domingo (25/6) após não conseguir nomear para o Conselho de Curadoria da TV Cultura (Fundação Padre Anchieta) o cineasta Conservador Josias Teófilo, diretor do filme “Jardim das Aflições”, que narra a vida e a obra do escritor best-seller, filósofo, jornalista e conferencista Olavo de Carvalho, denegrido nos círculos pseudo-intelectuais da Esquerda brasileira como “guru de Bolsonaro” e “terraplanista”.
Segundo noticiado pelo site Gazeta do Povo*, “como uma emissora pública e que recebe recursos do governo estadual, a TV Cultura vem sendo questionada por manter uma linha editorial de esquerda, principalmente em seu jornalismo, através de convidados e entrevistadores de programas como o Roda Viva e o viés das reportagens do noticiário.”
“As críticas à linha editorial da TV Cultura, emissora da fundação Padre Anchieta, se mantém principalmente por aqueles que apoiaram a candidatura de Tarcísio com base nos valores conservadores que ele defende.”
Se a audiência depende da opinião pública, e a opinião pública paulista já demonstrou ser majoritariamente conservadora, então não há nenhuma explicação plausível para a insistência dos integrantes do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta em pautas progressistas, calcadas massivamente no absolutismo Marxista, considerado por membros do PT, PSOL e outros partidos de Esquerda como a belles-lettres do nosso tempo.
É exatamente o que escreveu Olavo de Carvalho, em artigo publicado pela revista Época, em 24 de Novembro de 2001: “Em grande parte, a hegemonia esquerdista na imprensa é apenas a auto-intoxicação de uma classe que, de tanto discursar para si mesma, de tanto calar as vozes que a desagradam, acabou por se alienar da realidade e, quanto mais poderosos os meios à sua disposição, tanto mais facilmente cai no seu próprio engodo.”
Mesmo diante de uma clara demonstração de descontentamento e repúdio popular, a emissora continua lutando pelo direito de doutrinar à esquerda os poucos desavisados que ainda assistem a seus telejornais sem possuir um “filtro” ideológico minimamente suficiente para que não sejam imbecilizados. É um caso crônico de obsessão política, por parte de pessoas que simplesmente não conseguem aceitar o fato de que uma outra vertente intelectual cativou o eleitorado paulista.
É a esquerda absolutista e hipócrita, que jura “lutar pela democracia”, mas não admite o debate intelectual de ideias e a quebra de sua preciosa hegemonia cultural sob nenhuma circunstância, mesmo quando esta já foi explicitamente derrotada nas urnas.
É a Esquerda versada em Antonio Gramsci, e que não aceita abjurar de seu reinado. “O reinado”, como disse René Guénon, “da ignorância que finge ser ciência e se compraz em seu nada.” **
“Nada”. Este é o termo mais verossímil ao contexto da TV Cultura, que, em seu caráter estatal, demonstra estar tomada por indivíduos intelectualmente bitolados, que querem transformar o funcionalismo público em uma “empresa particular”, mas que conta com dinheiro público, portanto não precisa se preocupar com a conquista de audiência, sendo subsidiada pelo exato povo que a repudia.
É literalmente o povo pagando por uma programação que o deixa frustrado, nauseado e profundamente irritado. “Democracia.”
É o auto-engano hipnótico de pessoas que, por ocuparem cargos de destaque em empresas estatais e desfrutarem de altos salários, acreditam piamente que o público é que está enganado, e que deve ser conduzido para “voltar à razão”, e que aí, uma vez “salvo”, não mais criticará as ideias “puras e socialmente conscientes” da classe midiática marxista brasileira, sempre detentora da “sacrossanta” razão incontestável.
Será mesmo? Tudo indica que, uma vez rompida a hegemonia cultural, esta nunca mais poderá ser erguida novamente.
Afinal, como diz Olavo de Carvalho no supramencionado artigo, o fato de que os paulistas não mais concordam com a TV Cultura e sua lacração psicótica “mostra que o leitor brasileiro não é idiota. Idiotas são certos chefes de redação que imaginam que, controlando um jornal ou revista, controlam a consciência do público.”
O público paulista quer Josias Teófilo na TV Cultura. O público paulista NÃO QUER mais ser intelectualmente ofendido por uma casta midiática e jornalística essencialmente individualista, e que se considera superior à vasta opinião da maioria.
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** GUÉNON, René. In: “Spiritual Authority and Temporal Power.” Sophia Perennis, Ghent, NY.