Em um primeiro artigo, que se encontra neste link (https://sabervirtuoso.com.br/soma-zero-explicando-a-teoria/) já foi abordado sobre o que se trata a Soma Zero.
De forma simples, para ambientar quem não leu o outro artigo, a soma zero, é uma teoria na qual se acredita que as riquezas do mundo são constantes e fixas. A humanidade não tem a capacidade de aumentar ou criar riquezas, apenas dividi-la. Deste modo, para que alguém seja rico é necessário que outro, ou outros, seja pobre. Ou seja, é uma teoria pautada na falácia da exploração.
A forma de refutar esta teoria é extremamente simples e qualquer pessoa já vivenciou algo que demonstre a incoerência desta teoria.
Dinheiro tem a capacidade de representar riqueza, mas não é sinônimo de riqueza
Basicamente, na soma zero, o que mais importa é aquilo que se pode exprimir como riqueza, sendo que está quantidade estará atrelada a uma quantidade fixa de dinheiro.
Ou seja, o valor da moeda e o preço se confundem. Poderia se dizer que não haveria poder de compra a ser levado em consideração.
Esta teoria é tão cheia de furos que é estranho que existam pessoas que a defendam até hoje.
Vejamos:
Se a pessoa tem 10 reais e com esta quantidade ela compra 1 chiclete, o seu poder de compra, relativo ao chiclete é baixo. Agora, imagine que a empresa que fabrique o chiclete descobriu uma nova formula, fazendo com que os custos baixem, possibilitando a pessoa com os mesmos 10 reais, comprar 10 chicletes. Isto demonstra um aumento na produção de riqueza.
Outro exemplo, em forma de pergunta: Quantos carros existiam no mundo no ano de 1900? Em contrapartida, quantos carros existem hoje? Essa diferença demonstra a criação de riqueza ao longo do tempo.
Portanto, a quantidade de dinheiro que existe em uma país não necessariamente quer dizer que ele será rico.
- A Venezuela é um país onde todos são milionários em relação ao bolívar, porém esta é uma moeda que não vale nada no mercado internacional.
Agronegócio e mineração são duas das várias formas de criar/gerar riqueza
Se a riqueza existente no mundo é fixa, como explicar os fatores “agronegócio e mineração”?
Vejamos:
Uma pessoa comprou 10 aves, 1 galo e 9 galinhas. No decorrer de 1 ano, essa pessoa passa a ter 10 aves adultas e 70 filhotes, nos mais variados estágios de crescimento. Este fato é uma geração de riqueza, pois que uma quantia inicial ficou muito maior no decorrer do tempo.
Uma empresa de mineração encontra um veio de ouro. O ouro que se encontra no subsolo, de forma natural ou esquecida, tem a capacidade de virar riqueza para aquele que o encontra ou minera.
- O ouro é essencial para a fabricação de eletrônicos, caso a quantidade de ouro disponível para o uso humano fosse apenas aquela que já se encontra em sua posse ou descoberto, provavelmente haveria muito menos eletrônicos do que atualmente, devido ao grande custo que o metal teria derivado da impossibilidade de encontrá-lo na natureza.
- O ferro também é um minério largamente utilizado na indústria. E, se não bastasse, é utilizado a milhares e milhares de anos pela humanidade e há cada vez mais presença dele em nossas vidas.
A soma zero não pode ser analisada apenas do ponto de vista objetivo
A externalização de alguns fatores, econômicos não podem ser levados como a única forma de valoração da teoria. E ainda que fossem, os fatos e argumentos anteriormente levantados já servem de maneira cabal para derrubar a falácia da soma zero.
A razão de a objetividade não ser a única forma de analisar uma troca em termos econômicos se dá pela valoração subjetiva de cada indivíduo.
Uma pessoa, geralmente, não compra algo que acredite valer menos que o seu dinheiro. Por outro lado, aquele que vende, não venderá algo que acredite ter valor superior ao dinheiro oferecido pela coisa. Portanto, a sensação de ganho em uma troca também é o suficiente para refutar a soma zero.
A soma zero é uma falácia classicista e não merece ser levada a sério
Aqueles que são adeptos desta teoria acreditam em luta de classes, exploração, mais-valia, todo tipo de baboseira que há anos foi categoricamente refutada.
Não há possibilidades fáticas ou teóricas que deem suporte a soma zero. O único meio de defender esta ideia bizarra é por meio de falácias e sofismas.